Nesta quarta-feira (5), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou a Operação Mercador da Morte com o objetivo de apurar possíveis irregularidades relacionadas a contratações e compras públicas emergenciais realizadas pela Prefeitura de Mogi das Cruzes para o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Foram cumpridos 16 mandados de busca com o apoio da Polícia Militar de São Paulo (PM/SP) e do Ministério Público do Tribunal de Contas.
A análise dos contratos celebrados pelo município e os apontamentos do Ministério Público do Tribunal de Contas indicam que as dispensas de licitação para a contratação de empresa para a construção de jazigos (Dispensa nº 12/2020) e para o fornecimento de álcool em gel (Dispensa nº 13/2020) apresentam indícios de irregularidade, direcionamento e sobrepreço.
Inicialmente, o MP-SP disse que a prefeitura gastou R$ 1.223.021,59 para construção de 600 jazigos e R$ 97.050,00 para a compra de 540 unidades de álcool em gel de 5 litros. Depois, corrigiu o segundo o valor para R$ 63.360,00.
Procurada pela reportagem do Notícias de Mogi, a administração municipal enviou a seguinte nota: “A Prefeitura de Mogi das Cruzes esclarece que, no dia de hoje, atendeu solicitação do Gaeco do Ministério Público de São Paulo para ceder cópias de processos administrativos para averiguações. Vale ressaltar que tais processos sempre estiveram disponíveis no portal da Transparência da Prefeitura.
Assim como em outras investigações já esclarecidas, a Prefeitura de Mogi das Cruzes tem como prática a transparência e correção de suas ações. A Prefeitura aguarda acesso aos autos do processo para que possa prestar eventuais informações para a imprensa.”
Veja mais: o que diz a Prefeitura de Mogi sobre a investigação de sobrepreços do Gaeco