Entrevista: Rodrigo Valverde, candidato a prefeito de Mogi das Cruzes

O Notícias de Mogi prossegue, nesta terça-feira (10), com a série de entrevistas com os candidatos a prefeito nas Eleições Mogi das Cruzes 2020, com o objetivo de esclarecer propostas apresentadas nos planos de governo e trazer respostas a outras questões inerentes à candidatura de cada um.

Hoje é a vez de Rodrigo Valverde, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) que nasceu em Mogi das Cruzes, tem 42 anos de idade, é advogado e, atualmente, cumpre seu primeiro mandato como vereador. É a primeira vez que ele tenta o cargo de chefe do executivo municipal.


O candidato a vice de Rodrigo Valverde é o investigador da Polícia Civil e presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Mogi das Cruzes e Região Waldir Fernandes (PSOL), de 52 anos, que já se candidatou ao cargo de vereador pela mesma legenda em 2006.

Confira abaixo a entrevista que Rodrigo Valverde concedeu ao Notícias de Mogi:


Notícias de Mogi – Uma de suas propostas para a área do transporte público é a gratuidade dos ônibus aos domingos para todos. O senhor já tem algum plano para garantir a viabilidade financeira do projeto? Como isto seria tratado junto às empresas de transporte da cidade?


Rodrigo ValverdeNão só em Mogi, como inclusive em grandes cidades como São Paulo, o transporte público municipal aos domingos, mantém-se praticamente por sua própria conta devido a baixa demanda. Essa será a lógica para a implantação da gratuidade do transporte ao bolso do passageiro.

NM – Outra medida que chama a atenção em seu plano de governo é a criação do Voucher Mogiano, uma espécie de moeda própria que seria destinada mensalmente a famílias de baixa renda e jovens em busca de emprego. Poderia dar mais detalhes sobre o projeto?

RVO Voucher Mogiano será destinado especificamente a famílias de baixa renda, que tenham jovens participantes do programa “Pró-Jovem”, que também iremos instaurar na cidade, além das famílias que já recebem o benefício Bolsa Família. Se trata de um cartão, em que a prefeitura disponibilizará um valor equivalente a R$ 100 (cem reais), para consumo em estabelecimentos dentro dos limites do município e que estiverem credenciados. Tal medida, além de combater a desigualdade, será capaz de reaquecer a economia local.

NM – Na última quarta-feira (28), o Notícias de Mogi veiculou uma matéria sobre o aumento de roubos de veículos no último mês em Mogi das Cruzes. Apesar da responsabilidade não ser apenas do município, quais são suas propostas para reduzir a criminalidade na cidade e de que forma o seu candidato a vice, policial Waldir Fernandes, poderá contribuir com esse planejamento?

RVQuando o assunto for segurança, ou ainda combate a corrupção, nosso vice, o policial Waldir Fernandes, será um assíduo participante em todas as decisões. Sua experiência tem muito a contribuir com uma gestão eficaz e transparente. Quanto ao aumento dos índices da falta de segurança, o município precisa e irá se engajar, saindo de sua zona de conforto, para juntamente com mediação de diálogos entre as forças: Polícias Civil e Militar, além da Guarda Civil e do Corpo de Bombeiros, garantir que possam atuar em uma base única de informações. Além disso, o esforço em garantir uma cidade humana e iluminada, farão parte dos esforços de nossa gestão na construção de uma Mogi verdadeiramente segura em todas as regiões.

NM – Uma de suas principais bandeiras sempre foi a luta pela desigualdade social, com maior ênfase à habitação popular. Quais são suas propostas para a área?

RVLutar pela garantia do direito a uma moradia digna deve ser ainda mais contundente em minha trajetória, em uma gestão à frente da prefeitura de uma cidade como Mogi. Primeiro, vamos criar a Secretaria Municipal de Habitação, no claro objetivo de fazer deste um assunto de total interesse do município, o que hoje é tratado como um assunto secundário e longe das prioridades da prefeitura. Vamos concentrar esforços em dar suporte para a formação de cooperativas de construção de casas para famílias de baixa renda, além de uma série de iniciativas que jogarão luz na necessidade de voltar o olhar para esse direito básico.

NM – A decisão de se candidatar surgiu durante seu mandato na Câmara Municipal ou é um projeto antigo? Como a experiência de vereador poderá contribuir caso seja eleito prefeito de Mogi das Cruzes?

RVContei durante essa campanha que, apaixonado por futebol como sou, meu sonho de criança era ser jogador profissional. O fato é que a vida me colocou no meu verdadeiro jogo: ser prefeito de Mogi. Minha atuação como advogado, lutando pela redução de desigualdade e depois com um mandato de vereador, onde conquistamos várias lutas, tudo só contribuiu para que esse sonho fosse cada vez mais se aproximando do caminho da realidade.

NM – O histórico político da cidade de Mogi das Cruzes aponta para uma tendência por prefeitos de partidos de direita e centro-direita. A que o senhor atribui isso e por que acredita que uma mudança possa ser benéfica para a cidade?

RVDurante essa campanha frisamos que somos os representamos da Esperança que nunca antes esteve presente na história de Mogi. E de fato, o rompimento dessa linha consecutiva de um único grupo no poder será o único caminho para dar essa cidade ao seu povo. Desde sempre a cidade e as administrações voltaram seus interesses para pequenos, porém poderosos grupos. Somente com a nossa chegada na prefeitura, os únicos sem “rabo preso” com ninguém, seremos capazes de construir uma Mogi de toda a sua gente.


Todos os candidatos foram convidados, simultaneamente, a participar das entrevistas e elas estão sendo publicadas de acordo com a ordem de envio das respostas

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