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MOGI DAS CRUZES

Em três dias, foram distribuídos 1.404 kits de alimentos em Mogi, segundo a Prefeitura



Uma ação uniu a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, por meio da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS) Regional Mogi das Cruzes, a Fundação Banco do Brasil, a Prefeitura de Mogi das Cruzes e os produtores rurais para entregar 10 mil cestas de alimentos a cinco mil famílias em situação de vulnerabilidade na cidade.



O projeto nasceu a partir da disponibilização, por parte da Fundação Banco do Brasil, de uma verba de R$ 1 milhão, que está sendo aplicada na compra de gêneros alimentícios de agricultores locais e produtos não perecíveis de pequenos comércios da região. O material é adquirido por cooperativas agrícolas e organizado sob a forma de kits, que são entregues a entidades sociais e depois distribuídos entre famílias vulneráveis de diversas comunidades do município. Os kits são compostos por frutas, legumes, verduras e também pacotes de arroz, feijão, açúcar orgânico e sabonetes.



A ação visa beneficiar tanto os agricultores, que tiveram o processo produtivo comprometido pela quarentena, como famílias que estão em situação de necessidade. A previsão é ajudar cerca de 100 produtores rurais. 



As entregas tiveram início na última quarta-feira e, segundo a Prefeitura de Mogi, já foram distribuíram 1.404 kits, o que faz parte da primeira fase do trabalho, com previsão de doação de 2.500 kits para 24 entidades até a próxima quinta (14). Ao todo, devem ser atendidas 5 mil famílias, com 10 mil kits de agricultura familiar, sendo dois kits por família. A distribuição será feita neste e no próximo mês.



Foto: Governo de SP

Sobre o projeto

O sociólogo da CDRS Regional Mogi das Cruzes, David Rodrigues, responsável, no âmbito da Regional, pelas organizações rurais, explica como surgiu a iniciativa. “A ação toda foi muita rápida. A produtora Simone Silotti, vendo a necessidade de fazer algo para que os produtores rurais do bairro Quatinga pudessem escoar a sua produção e obter renda para sobreviver, organizou uma ‘vaquinha virtual’ para angariar dinheiro. As perdas foram tantas, que chamaram a atenção da mídia e da Fundação Banco do Brasil, a qual estava atenta em busca de ações que pudessem auxiliar os agricultores familiares durante a pandemia”, disse o técnico.

Liderança ativa no bairro Quatinga, Simone Silotti afirma que 60 produtores rurais foram envolvidos e ofereceram, na primeira fase, alimentos frescos e saudáveis para as famílias. “Foram 40 toneladas de folhosas, entre alfaces, agrião e rúcula; 40 toneladas de legumes; 20 toneladas de frutas; e, ainda, cogumelos Shimeji para as primeiras entregas”, revela.

Para que os produtos pudessem ser adquiridos, entrou em ação o técnico da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, que procurou a Cooperativa dos Produtores Rurais de Jundiapeba e Região (Cooprojur), que congrega 32 famílias de produtores rurais, e a Cooperativa dos Produtores de Santa Isabel (Coarpro), outro município atendido pela CDRS Regional Mogi das Cruzes, que tem em seu quadro 22 famílias de produtores de frutas como caqui, goiaba, ponkan e banana, que se somaram aos 11 produtores do bairro Quatinga.

A Secretaria Municipal de Assistência Social de Mogi das Cruzes ficou responsável pela logística das entregas e montou a relação tomando como base as organizações já presentes na rede de atendimento socioassistencial da cidade. O objetivo era alcançar as famílias que precisam e também evitar que elas percorram grandes distâncias para ter acesso aos kits.

Segundo a Fundação Banco do Brasil, “a iniciativa apoia o processo de comercialização dos agricultores do Cinturão Verde de São Paulo, minimiza o impacto da pandemia e promove a geração de trabalho e renda”. Ainda de acordo com a instituição, “diversos produtores estavam impossibilitados de realizar a venda da produção de hortifrutigranjeiros, que anteriormente era destinada aos restaurantes, bares e feiras das cidades da região. A produção de alimentos estava retida no campo e, por se tratar de produtos perecíveis (alface, rúcula, agrião, couve, dentre outros), poderia ser descartada”.

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