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MOGI DAS CRUZES

Câmara de Mogi repudia deputado do PSL que destruiu obra de arte sobre genocídio negro


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Os vereadores da Câmara Municipal de Mogi das Cruzes aprovaram, na sessão ordinária de quarta-feira (20), Dia da Consciência Negra, a Moção 90/2019 de repúdio ao deputado federal Coronel Tadeu (PSL) por ter destruído uma obra de arte sobre o genocídio negro na Câmara dos Deputados. A exposição da obra havia sido autorizada pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM).


“O cartaz apenas divulgava um fato recorrente em nosso país, que é o extermínio da população negra. Atitudes como a dele apenas reforçam e mascaram a matança do povo negro em nosso país. Um exemplo de intolerância e racismo”, afirmou o vereador Iduigues Martins (PT), autor da iniciativa.


O vereador Jean Lopes (PCdoB) também se manifestou: “Quando se aproxima o 20 de novembro o fascismo quer aparecer com atos como esse. Na minha opinião teria que ser sumária a sua expulsão, pois ele quebrou a ética e disciplina”, disse ele.


De acordo com a Câmara Municipal, o documento será encaminhado à Câmara Federal.

Entenda o caso


A obra de arte quebrada pelo deputado peselista mostrava uma pessoa morta, algemada, enrolada em uma bandeira do Brasil, com um policial em pé ao lado com uma arma ainda fumegante.

Na tarde de terça-feira (19), pouco antes da confusão, outro integrante da Bancada da Bala na Câmara teria pedido ao presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que retirasse imagem de violência policial contra a população negra.

“Cumprimentando-o cordialmente, venho, por meio deste, como Presidente da Frente Parlamentar da Segurança Pública e da Comissão de Segurança Pública, solicitar a Vossa Excelência a retirada da imagem anexa, que está afixada no túnel localizado entre o Anexo II e o Plenário da Câmara dos Deputados”, escreveu o deputado Capitão Augusto (PR-SP) ao presidente da Câmara.

Na opinião dos deputados, “há a absurda atribuição da responsabilidade pelo genocídio da população negra aos policiais militares, prestando-se, assim, verdadeiro desserviço junto à população que trafega pelas dependências da Câmara, retratando negativamente o salutar papel dos policiais militares para a manutenção da ordem pública no nosso país”.

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