Nesta quarta-feira (28), dia em que é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, a Câmara de Mogi das Cruzes reprovou a indicação 2271/23, de autoria da vereadora Inês Paz (PSOL), que sugeria à Prefeitura a criação do Conselho Municipal LGBTQIA+.
Ao defender a aprovação da indicação, a autora lembrou da recente criação da Coordenaria Municipal de Cidadania e Inclusão Social, no fim do ano passado. “Agora que tem a Coordenadoria, era importante que o poder executivo enviasse para essa Câmara uma proposta da implementação do Conselho, porque todos os segmentos têm: meio ambiente, mobilidade. O Conselho é um instrumento da participação democrática, onde tem o poder público e a sociedade civil organizada”, disse ela.
Apesar dos argumentos apresentados pela vereadora, a indicação foi reprovada com sete votos contrários e cinco à favor – votaram favoravelmente à indicação os vereadores Inês Paz, Iduigues Martins (PT), Zé Luiz (Sem partido), Francimário Farofa (PL) e Marcelo Brás do Sacolão (PSDB).
“É de se lamentar. Claro, é democracia. E eu quero que essa democracia se prevaleça. Mas é de lamentar, que em pleno século 21, quando a gente fala do avanço, da valorização da vida, se vote contrário a uma indicação para que se tenha em Mogi das Cruzes um conselho municipal dos direitos LGBT, principalmente neste dia, 28 de junho, que é o dia Mundial do Orgulho LGBTQIA+”, afirmou Inês Paz após a rejeição da indicação.
O vereador Iduigues Martins também pediu a palavra para lamentar o fato de a indicação não ter sido aprovada. “O que é uma indicação para um conselho? Você vê a quem ponto chega a discriminação. Porque uma indicação é uma sugestão. Se as pessoas não querem nem que se faça sugestão, imaginem direitos concretos”, disse o petista.
Quer ficar por dentro de tudo o que acontece em Mogi das Cruzes e região? Siga nossos perfis: