A Câmara de Mogi das Cruzes aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (4), a Moção nº 202/2025, que manifesta oposição à implantação de praças de pedágio nas rodovias Mogi-Dutra (SP-88) e Mogi-Bertioga (SP-98). A proposta, assinada pela totalidade dos vereadores, expressa preocupação com os impactos econômicos e sociais da medida para a população mogiana.
A moção será encaminhada ao governador Tarcísio de Freitas (REP), à Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), à prefeita Mara Bertaiolli (PL), ao vice-prefeito Téo Cusatis, e aos deputados estaduais André do Prado (PL) e Marcos Damásio (PL).
O documento pede a reavaliação da instalação dos pedágios e, caso isso não ocorra, solicita isenção integral das tarifas para veículos registrados em Mogi das Cruzes, moradores da cidade e trabalhadores com atividades fixas no município, como forma de mitigar os prejuízos à população.
Durante a sessão, marcada por discursos de forte tom crítico, vereadores de todos os partidos manifestaram indignação com o governo estadual e com a falta de diálogo sobre o tema. Parlamentares classificaram a cobrança como “injusta”, “abusiva” e “um descaso com Mogi das Cruzes”.
O presidente da Câmara, Francimário Vieira Farofa (PL), afirmou que a Casa tem atuado há três anos contra os pedágios. “Fico triste com esta situação. O governador sequer nos ouve”, declarou.
Outros vereadores destacaram os impactos econômicos da cobrança, especialmente para trabalhadores, produtores rurais, estudantes e comerciantes que utilizam as rodovias diariamente. Houve também menções às promessas do governador, que, durante campanha eleitoral, disse que não haveria pedágios nas vias da região.
A sessão foi suspensa para permitir a participação de representantes de outras Câmaras Municipais. A presidente da Câmara de Arujá, professora Cris (PSD), e o presidente da Câmara de Salesópolis, Lourenço Júnior (Pode), também expressaram repúdio à instalação das praças de pedágio, destacando os prejuízos regionais e o sentimento de frustração com o governo estadual.
O encontro contou ainda com a presença de representantes do Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio) e do Sindicato Rural de Mogi das Cruzes, que apoiaram a moção e reforçaram a importância de mobilização conjunta contra a medida.
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