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MOGI DAS CRUZES

Caio Cunha diz que aplicará restrições do Plano SP em Mogi contra a sua vontade



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O prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha, afirmou, em transmissão ao vivo realizada na última sexta-feira (22), que aplicará no município, contra a sua vontade, as novas restrições da quarentena determinadas pelo governo estadual, que passam a valer a partir desta segunda-feira (25).


De acordo com a 19ª atualização do Plano SP, a região da Grande São Paulo, que inclui as cidades do Alto Tietê, regrediu da fase amarela para a laranja, com limitação de oito horas no horário de funcionamento do comércio e serviços. Além disso, todo o estado entrará na fase vermelha nos dias úteis, após as 20h, e aos finais de semana, o dia todo, com permissão para abertura apenas de serviços essenciais.

Na contramão do endurecimento de regras anunciado pelo estado, Caio Cunha vem dizendo ser favorável à ampliação do horário de funcionamento dos estabelecimentos, em conjunto com a aplicação de protocolos rígidos e de fiscalização intensa sob o comércio.


“Tem muita gente perguntando: Caio, então você vai seguir a orientação do governo do estado? Eu não queria, essa é a verdade. Eu prefiro investir em fiscalização, na criação de protocolos, em conscientização, do que simplesmente estabelecer esse horário e prejudicar comércio e as pessoas de uma forma geral”, afirmou o prefeito.

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“A promotoria pública aqui do município entende que nós devemos seguir rigorosamente o que o protocolo estabelecido pelo estado diz e ele é muito direto em relação aos horários de funcionamento”, disse Caio Cunha, acrescentando em seguida: “O próprio STF aponta que a Prefeitura tem autonomia sob a cidade com efeito apenas restritivo. Ou seja, qualquer mudança de protocolo que a gente possa fazer é apenas para restringir ainda mais e não alterar o protocolo”.

“Qual a pena se eu não cumprir isso? Eu posso receber uma ação de improbidade administrativa, por não estar seguindo orientações do estado”, concluiu ele.

O decreto municipal com as novas alterações da quarentena em Mogi das Cruzes deve ser publicado nesta segunda (25).

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Reação do comércio

Na opinião da ACMC (Associação Comercial de Mogi das Cruzes), o setor de comércio e serviços volta a ser atingido pelo endurecimento de regras da quarentena anunciado pelo Governo de SP.

“É lamentável que passemos mais uma vez por restrições que vão comprometer o funcionamento dos comércios e serviços, com impactos nas vendas e, consequentemente, no emprego, principalmente em razão das proibições de abertura nos finais de semana”, disse o presidente da ACMC, Marco Zatsuga.  “As regras, no entanto, precisam ser seguidas e se faz necessário o esforço de todos para que seja uma situação temporária”, acrescentou.

“O comprometimento das vendas será inevitável, mas ainda será menor do que com a fase vermelha na totalidade. Portanto, nosso apelo é para que o comerciante reforce junto aos consumidores os protocolos de segurança e também utilize canais alternativos ao presencial para a continuidade dos negócios. Nossa preocupação é com a saúde, mas também precisamos de vendas para manter as empresas”, ressaltou Fádua Sleiman, vice-presidente da ACMC.

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Regras

A fase mais rígida (vermelha) só permite o funcionamento normal em setores essenciais como farmácias, mercados, padarias, lojas de conveniência, bancas de jornal, postos de combustíveis, lavanderias e hotelaria. Demais comércios e serviços não essenciais só podem atender em esquema de retirada na porta, drive-thru e entregas por telefone ou aplicativos.

Já na etapa laranja, academias, salões de beleza, restaurantes, cinemas, teatros, shoppings, concessionárias, escritórios e parques estaduais podem funcionar por até oito horas diárias, com atendimento presencial limitado a 40% da capacidade e encerramento às 20h. O consumo local em bares está totalmente proibido.

A venda de bebidas alcoólicas no comércio varejista só pode ocorrer entre 6h e 20h. Somente a partir da fase verde, a mais branda, é que essa comercialização poderá voltar a ser feita sem as restrições atuais.

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