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Após reforma, escola onde ocorreu massacre em Suzano será reaberta em abril



Palco do massacre que deixou 10 pessoas mortas em Suzano no ano passado, a Escola Estadual Professor Raul Brasil retomará suas atividades em abril, após passar por uma reforma que, segundo a Prefeitura, já chegou a 90% de sua conclusão.



Em uma área construída de 2 mil metros quadrados, a instituição de ensino recebeu grandes mudanças em seu interior. Uma das principais alterações foi a troca do portão de entrada, que vai passar da rua Otávio Miguel da Silva para a rua José Garcia de Souza. O outro será mantido apenas para visitantes.



Além disso, segundo o Governo de São Paulo, a escola também vai ter uma nova biblioteca e uma área de prática esportiva, com meia quadra de basquete. O prédio principal, que antes era utilizado como ala da diretoria e com salas de aulas, ficará exclusivamente como setor pedagógico, com ambientes mais iluminadas e maiores e com um laboratório maker, com notebooks e até com impressora 3D.



Para a área do refeitório, houve ampliação da cozinha, criação de um banheiro para funcionários e mudança no local da cantina. No entorno da escola, Soares explicou ainda que haverá um projeto de grafitagem com artistas locais com apoio do muralista Eduardo Kobra.



O investimento total da obra foi de R$ 3,1 milhões, financiados pela iniciativa privada, sob organização do Instituto Ecofuturo.

Segurança

O secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, que esteve no local na manhã da última segunda-feira (9) acompanhado do prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, afirmou que, quanto aos trabalhos voltados à segurança escolar, foi realizada uma série de revisões nos procedimentos adotados pela rede estadual de ensino e será oferecida uma disciplina de projeto de vida aos estudantes, que visa oferecer uma reflexão de onde estão e para onde querem chegar.

O secretário também frisou que a pasta criou o projeto Conviva, que busca identificar casos de bullying, que está em fase de projeto-piloto com policial da reserva em uma escola estadual. Além disso, foi ampliado o número de câmeras de monitoramento integradas aos agentes de segurança. Na Escola Raul Brasil foi disponibilizado psicólogos para atendimentos dos alunos e funcionários.

Na oportunidade, Ashiuchi também apresentou os trabalhos realizados pela prefeitura, com a contratação de agentes de segurança escolar; implantação de alarmes e de botão de pânico em todas as escolas municipais; com a chegada de 40 novos psicólogos e realização de mais de 24 mil atendimentos entre março e dezembro de 2019; e com a prevenção à violência escolar, em parceria com o Instituto Cultiva, que capacita profissionais da Educação para identificação de possíveis casos de vulnerabilidade e violência.

O prefeito afirmou que, com o projeto, será possível identificar casos de bullying, de automutilação e outros fatores de violência, buscando a integração com as famílias, visitando as casas dos alunos, e oferecendo apoio com nossa equipe multidisciplinar.

Também estiveram presentes a presidente do Fundo Social de Solidariedade de Suzano, a primeira-dama Larissa Ashiuchi, e os secretários municipais de Educação, Leandro Bassini, e de Cultura, Geraldo Garippo; bem como membros do Governo do Estado de São Paulo.

Massacre em Suzano

No dia 13 de março de 2019, dois atiradores mascarados abriram fogo na Escola Rasul Brasil, em Suzano, deixando oito pessoas mortas, sendo que pelo menos seis são crianças. Usando máscaras de caveira e até um arco-e-flecha, os criminosos também se suicidaram após o ocorrido.

Mais de 20 pessoas ficaram feridas ou passaram mal após o ataque e foram encaminhadas para o Hospital Santa Maria e para a Santa Casa de Misericórdia de Suzano.

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