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MOGI DAS CRUZES

Alunas mais velhas ensinam mais novas em escola estadual em Mogi das Cruzes



São apenas 60 minutos de aula por semana, mas com um aprendizado imenso para quem está ainda aprendendo a usar o computador, como para quem já domina a arte. Na Escola Estadual Lucinda Bastos, em Mogi das Cruzes, essa troca de conhecimento acontece entre os pequenos do 4º ano do Ensino Fundamental e das alunas mais velhas do 3º ano do Ensino Médio.



O projeto de voluntariado foi ideia da professora Rosana Maria Prado, que reuniu um grupo de cinco meninas, todas do terceiro ano, para liderar as aulas voluntárias de informática. Além de partilhar a técnica de informática, o projeto queria transformar as estudantes para a vida adulta. “Isso não reflete só nas notas. Eles se tornam mais responsáveis, conseguem socializar melhor. A gente trabalha a empatia e a diversidade quando eles se colocam no lugar do outro”, relata a professora.



O projeto de voluntariado transformou a vida de todo mundo. Já rompeu os limites da sala de aula e envolveu todos em atividades voluntárias na própria escola. E teve até estudante que decidiu cursar pedagogia na faculdade por gostar da experiência de ensinar os outros a serem autônomos e mexerem no computador com as próprias mãos.



“A gente olha para o rostinho das crianças e vale a pena. As crianças são inocentes e a gente se sente bem perto delas”, afirma Kamila Giovana de Almeida Costa, de 17 anos. Enquanto ensinam os pequenos, as meninas se preparam para o vestibular e para o Enem, fazendo a rotina ser mais difícil que o usual.



Durante as aulas, as voluntárias ensinam também como as crianças podem fazer pesquisas e ajudam a montar os trabalhos escolares, com capa e conteúdo. Além disso, elas também jogam online e recebem noções de como funciona o computador. “A gente já sabe mexer nas pastas também! Ainda é meio difícil achar as letras no teclado, mas eu aproveito para fazer as pesquisas que a professora pede”, explica a pequena Nauana Ketelin da Silva, de 9 anos.

A diretora da unidade afirma que o projeto não irá apenas se expandir, como vai ser uma rotina na escola. “O trabalho que elas estão desenvolvendo é muito bonito e vai continuar na escola. A gente não vai parar com esse projeto depois que elas se formarem. Além disso, é um crescimento para elas também. É uma sementinha de mudança para a vida delas”. Sementinha que promove troca de conhecimento e prova que o professor também é um eterno aluno.

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Por Leandro Cesaroni

Jornalista graduado pela FIAM e pós-graduado em jornalismo cultural pela FAAP

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