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MOGI DAS CRUZES

Câmara de Mogi aprova leis de combate à esporotricose, doença que afeta a pele dos animais



Em sessão realizada nesta quarta-feira (18), a Câmara Municipal de Mogi das Cruzes aprovou os Projetos de Lei n°91/2022 e nº 92/2022, com o objetivo de combater e prevenir a esporotricose, doença que ataca a pele dos animais, especialmente os gatos.



De autoria da vereadora Fernanda Moreno (MDB), ambas as propostas visam frear a propagação da doença em Mogi das Cruzes. “A partir de junho de 2022, começamos a receber muitos casos da esporotricose no meu gabinete. Diante disso, usamos o modelo de Diadema para criar no município ações anuais de conscientização sobre esse delicado problema de saúde pública”, disse a vereadora.



O PL n° 91/2022 institui na cidade a Semana de Combate à Esporotricose, que deverá ser realizada anualmente na terceira semana do mês de setembro. A data foi escolhida por conta da chegada da primavera, época em que os gatos mais procriam. Além disso, nessa estação do ano, os felinos passam mais tempo em jardins, devido ao calor, comportamento que amplia o contato com os fungos que causam a doença.



Já o PL n° 92/2022 torna obrigatória a colocação de cartazes esclarecedores sobre a doença, com dados como sintomas, formas de prevenção e tratamento, tanto de pessoas como de animais. Segundo o documento, ficarão obrigados a disponibilizar com os informativos os seguintes estabelecimentos, públicos ou privados: prontos-socorros; hospitais; unidades de saúde; clínicas veterinárias; e pet shops.



O descumprimento das normas impostas pelo último documento citado, gerará advertência e multa de 1 Unidade Fiscal do Município (UFM), estipulada em R$ 222,54 em 2023.

Esporotricose

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a esporotricose é uma micose causada por fungo presente no solo, palhas, vegetais, espinhos e madeira. A infecção pode afetar seres humanos, animais silvestres e domésticos, especialmente gatos.

Em cães e seres humanos a manifestação da enfermidade costuma apresentar baixa multiplicação. Por sua vez, nos gatos, são mais frequentes as versões mais graves da esporotricose, o que os torna os principais agentes da transmissão da infecção.

O ser humano pode ser contaminado ao entrar em contato com um animal doente por meio de arranhões, trato respiratório ou contato com lesões na pele. Nas pessoas, os sintomas da esporotricose são nódulos dolorosos que se assemelham à picada de inseto em cores avermelhadas, arroxeadas ou róseas. Em pacientes com imunidade baixa, a infecção é mais preocupante. O tratamento existe, mas é longo, levando de três a seis meses.

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