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Saiba quais as chances de ter horário de verão no Brasil em 2023



O horário de verão vigorou no país de 1985 até 2018. Em 2019, a medida foi extinta pelo presidente Jair Bolsonaro. Muita gente gostava de aproveitar o período mais quente do ano e curtir o fim de tarde mais longo, porém, quem acorda cedo para trabalhar reclamava das manhãs mais escuras, com o adiantamento do relógio em 1 hora.



Tanto a área técnica do Ministério de Minas e Energia quanto o próprio ministro da pasta já afirmaram que, por enquanto, não há necessidade de adiantar os relógios em 2023, principalmente por causa das boas condições atuais de suprimento energético do país. A pasta diz que o planejamento seguro implantado desde os primeiros meses do governo federal garante essa condição.



Segundo o ministro Alexandre Silveira, não há sinais de que será necessário adotar o horário de verão este ano, porque os reservatórios das usinas hidrelétricas estão nas melhores condições de armazenamento de água dos últimos anos. 



O horário de verão 2023 só acontecerá se houver sinais e evidências de uma necessidade de segurança de suprimento do setor elétrico brasileiro. Entretanto, até o momento, não há sinal nenhum nesse sentido.



Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os níveis de Energia Armazenada (EAR) nos reservatórios devem se manter acima de 70% em setembro na maioria das regiões, o que representa estabilidade no sistema. Para se ter uma ideia, em setembro de 2018, por exemplo, no último ano de implementação do horário de verão, a EAR dos reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, um dos mais importantes do país, estava em 24,5%. Este ano, esse percentual está em 73,1%.

Outro fator que serve como argumento para não retomar o horário de verão no Brasil é o aumento da oferta de energia elétrica nos últimos anos, com maior uso de usinas eólicas e solares. “O setor de energia que era quem dava a ordem, não está vendo a necessidade de dar essa ordem, não está vendo grandes ganhos com a medida”, diz o professor de Planejamento Energético Marcos Freitas, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ).

*com informações da Agência Brasil

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