Partidos políticos, sindicatos e movimentos sociais de Mogi das Cruzes realizaram, na manhã de sexta-feira (2), no auditório Tufi Elias Andery, da Câmara Municipal, o lançamento do Manifesto em Defesa ao Estado Democrático.
O objetivo do grupo, que forma a Frente Mogiana em Defesa do Estado Democrático de Direito, é contestar os atos antidemocráticos que vêm sendo realizados em Mogi das Cruzes desde a divulgação do resultado das Eleições 2022, cobrando da Prefeitura e da Polícia Militar providências para conter os protestos, que costumam acontecer em frente ao Tiro de Guerra, na região do Mogilar.
O Manifesto é assinado pelos partidos PSOL, PT, PV, UP, PCdoB e PCB e também pelos vereadores Inês Paz (PSOL) e Iduigues Martins (PT).
Na categoria dos sindicatos, assinaram o documento a APEOESP (Sindicato dos Professores da Rede Oficial, Sindicato do Papel e Papelão de Mogi das Cruzes e Região), AFUSE (Sindicato dos funcionários de Escola), Sindicato dos Policiais Civis de Mogi das Cruzes e região, Sintteasp (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Escolar do Município de São Paulo) e Sintraadete (Sindicato dos Trabalhadores em Autoescola).
O Manifesto recebeu, ainda, as assinaturas dos seguintes movimentos sociais: Cursinho Maio de 68, Projeto Mistura, Coletivo da Diversidade Alto Tietê, Fórum Mogiango LGBT, Coletivo de Mulheres e Gênero- Impacto Feminista, PLPs – Promotoras Legais Populares, Quilombo Periférico, Despejo Zero Mogi, Jundiapeba por Moradia, Das Senzalas às Favelas, Coletivo de Mulheres Olga Benário; MLB – Movimento de Lutas nos Bairros, UJR- União da Juventude Rebelião, Makauba, Suburbaque.
Confira, a seguir, a íntegra do manifesto lançado pela Frente Mogiana em Defesa do Estado Democrático de Direito.
Manifesto em Defesa ao Estado Democrático
- Lula ganhou as eleições. Venceu no primeiro turno e, no segundo, mais de 60 milhões de brasileiras e de brasileiros deram a Lula a maior votação para presidente em toda a história do Brasil. Foi uma vitória da democracia e do povo brasileiro. Uma vitória da esperança, da alegria e da vida.
- Logo após a proclamação do resultado, (por volta de cinco horas após o encerramento das eleições), todos os poderes da República e chefes de estados internacionais; líderes mundiais e líderes políticos e a imprensa internacional e nacional; e, até mesmo, adversários de Lula reconheceram, imediatamente a sua vitória.
- Porém, pequenos grupos bolsonaristas, através de fake News e financiados por empresas que sempre lucraram em cima dos trabalhadores, alegando “fraude nas eleições”, iniciaram manifestações antidemocráticas, bloqueando rodovias pelo Brasil todo e, depois, se reunindo em frente a quarteis, solicitando intervenção militar, federal e até mesmo de alienígenas.
- Além dessas manifestações anticonstitucionais, no dia 22 de novembro do corrente ano, para satisfazer o presidente da república, Waldemar Costa Neto, conhecido como o Boy – presidente do Partido Liberal – PL entrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com um pedido de verificação extraordinária do resultado do segundo turno das eleições. Sem apresentar qualquer prova de fraude, o PL pediu a invalidação dos votos de mais de 250 mil urnas.
- Imediatamente ao protocolo do pedido, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, deu prazo de 24 horas para que o PL apresente os dados completos, inclusive do primeiro turno, já que ambos usaram as mesmas urnas. Alegando “litigância de má-fé”, Alexandre de Morais recusou a ação do Boy e aplicou uma multa ao partido de 22,9 milhões e bloqueou o fundo partidário até que a multa seja paga.
- Em contraponto a tudo isso, a transição entre o governo atual e o governo de Lula segue a passos largos. Equipes de trabalho foram organizadas e estão atuando a todo vapor nas questões sociais, econômicas, políticas e na garantia do Estado Democrático de Direito.
- Na cidade de Mogi das Cruzes, o roteiro foi bem parecido. Os golpistas, logo no primeiro dia após a eleição, bloquearam a Mogi-Dutra e, agora, encontram-se em frente ao Tiro de Guerra, bloqueando a calçada e uma via de rolamento e, em alguns dias e horários, bloqueando todas as vias, criando muitas dificuldades para a população mogiana. No local, já deixaram estacionado em local proibido, um enorme guindaste e até mesmo um container de mais de 20m na calçada.
- O prefeito Caio Cunha em suas redes sociais fez um post de apoio às manifestações e, após repercussão negativa, apagou a postagem. O ativista dessas manifestações golpistas Silvio Marques, em sua página do Facebook, e áudios do Whatsapp, informa o apoio ao movimento por parte da prefeitura através da secretaria de mobilidade e da segurança. Informa que uma viatura da Guarda Municipal prestaria apoio ao acampamento ilegal.
- Tendo em vista todas essas movimentações antidemocráticas, partidos políticos, sindicatos, movimentos sociais e lideranças progressistas e democráticas uniram-se e lançam a Frente em defesa do Estado Democrático de Direito em Mogi, cobrando esclarecimentos da Prefeitura, da PM, da GCM sobre a continuidade do acampamento ilegal em frente ao Tiro de Guerra e sobre o suposto apoio da Prefeitura para essa atividade.
A Democracia e a luta do povo vencerão!
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