A Vila Dignidade, em Mogi das Cruzes, foi reconhecida por uma organização social da Espanha como exemplo de boas práticas em serviços públicos. Após ter sido citada no livro/ebook “Morar 60 Mais – Revolucionando a Moradia em Face da Longevidade”, assinado por Inês Andrade Rioto, Áurea Soares Barroso e Edgard Borsoi Viana, o condomínio para idosos da cidade agora passou a fazer do catálogo ‘Red de Buenas Prácticas‘, um projeto da Fundación Pilares, que visa a criação de uma rede de divulgação de boas práticas para aumentar a qualidade de vida das pessoas em situação de fragilidade, deficiência ou dependência.
A fundação espanhola considera como boas práticas experiências e ações inovadoras, sistematizadas e documentadas que, aplicando formas de intervenção coerentes com o modelo, visam alcançar melhorias em todas as áreas da qualidade de vida e bem-estar das pessoas que necessitam apoio, salvaguardando sua dignidade, direitos, interesses e preferências e contando com sua efetiva participação.
A publicação foi intitulada “Vila Dignidade – Envejecimiento y derecho a la vivienda” (envelhecimento e direito à moradia) e traz, ao longo de 21 páginas, informações sobre políticas públicas, envelhecimento e dados sobre a Vila Dignidade, desde sua inauguração em setembro de 2015 até os dias atuais, contando inclusive com fotos que ilustram ações no local.
A Vila Dignidade é um condomínio formado por 22 residências individuais, salão de convivência e áreas voltadas para a prática de atividades físicas. Atualmente, 21 idosos residem no local. Cada casa possui 44 metros quadrados de área construída, sala conjugada à cozinha, dormitório, banheiro, área de serviço e espaço externo nos fundos para construção de jardim ou horta. Todas estão equipadas com recursos de acessibilidade.
O Serviço de Acolhimento em República destina-se ao atendimento de idosos independentes e de baixa renda que apresentem condições de desenvolver, de forma independente, todas as atividades da vida diária e a gestão da moradia. São critérios para inserção: Possuir 60 anos ou mais; residir no município há pelo menos 02 anos; ser autossuficiente para a realização de tarefas da vida diária; não possuir imóvel próprio; possuir renda mensal de até 01 salário mínimo e possuir vínculos familiares fragilizados ou rompidos.
De acordo com a Prefeitura de Mogi das Cruzes, os idosos são encaminhados ao serviço por meio de encaminhamentos realizados pela rede socioassistencial, como CREAS e CRAS, entre outros. As inserções são realizadas conforme a disponibilidade de vagas. O serviço conta com acompanhamento social que objetiva a facilitação de acesso à rede de políticas públicas; a reconstrução de vínculos familiares e comunitários; a preservação das condições de autonomia e independência e o estímulo para o alcance da autossustentação.
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