A ACMC (Associação Comercial de Mogi das Cruzes) realizou, entre os dias 24 e 27 de abril, uma pesquisa para saber a opinião de comerciantes e consumidores a respeito da possível reabertura das lojas da cidade a partir do dia 10 de maio, quando chegará ao fim o prazo da prorrogação da quarentena determinada pelo Governo do Estado de São Paulo.
De acordo com a entidade, dentre os 1.300 comerciantes que responderam a pesquisa, 74% opinou ser a favor da reabertura das lojas, com todas as medidas de prevenção necessárias. Além disso, segundo a ACMC, 1.800 consumidores também participaram, sendo que 73,1% opinou pela retomada do funcionamento das lojas.
“Reconhecemos a importância dos cuidados para prevenir o coronavírus, mas a pesquisa com comerciantes e consumidores deixa claro que o atual modelo de quarentena, em vigor até 10 de maio, não tem mais a adesão plena da população e mostra a necessidade de flexibilizar o funcionamento das atividades. Os impactos na vida das pessoas e na economia estão muito acentuados”, disse o presidente da ACMC, Marco Zatsuga.
O resultado da pesquisa foi entregue ao prefeito de Mogi das Cruzes, Marcus Melo, que tem tomado suas decisões a respeito da quarentena se baseando nas medidas adotadas pelo governo estadual.
“O município está atrelado ao decreto estadual, como adiantou o prefeito, mas buscamos alternativas para movimentar os negócios numa das principais datas para o comércio, com atenção especial os segmentos considerados não-essenciais, como lojas de calçados, roupas e perfumaria, por exemplo”, afirmou a vice-presidente da ACMC, Fádua Sleiman.
O que diz o governo estadual
Em coletiva de imprensa realizada no dia 22 de abril, quando prorrogou pela segunda vez o decreto, o governador João Doria afirmou que o fim da quarentena no Estado de São Paulo, marcado para 11 de maio, levará em conta “situações locais e regionais”.
Segundo Doria, a pandemia do novo coronavírus atinge de forma diferente as diversas regiões do Estado, por isto, há dados que servirão para ordenar as futuras mudanças a serem feitas nas diretrizes do isolamento, como, por exemplo, o número de casos e óbitos, ocupação de leitos de UTI, volumes de testes realizados etc.
“Numa pandemia como essa quem determina os nossos passos são a saúde, a medicina e a ciência”, afirmou o governador, explicando que a reabertura dos estabelecimentos dependerá da definição das regiões por níveis de risco: zona vermelha, zona amarela e zona verde.
Novidades serão anunciadas até o início da próxima semana.