O prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, apresentou na sexta-feira (20) o novo projeto de coleta e tratamento de resíduos sólidos do município. A proposta prevê a concessão administrativa dos serviços de limpeza urbana por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) e promete economia mensal de até R$ 700 mil.
Entre os principais investimentos citados pela administração municipal estão a implantação de duas usinas na cidade, novos ecopontos, contêineres subterrâneos, 600 novas lixeiras e a conquista de créditos de carbono.
De acordo com o chefe do Executivo suzanense, a iniciativa age diretamente na mudança de paradigmas em relação ao atual modelo adotado, passando de referências quantitativas para qualitativas. “Até então, a empresa recebe pela quantidade de resíduos recolhidos. A ideia agora é focar nos indicadores de qualidade na prestação de serviços. Isso deve ocorrer por meio de uma percepção do próprio público, que poderá inclusive reportar qualquer situação adversa por meio de um aplicativo exclusivo, com prazo estipulado para a resolução do caso”, disse.
Além da melhoria na qualidade do serviço prestado, a proposta impõe a ampliação da coleta seletiva, com investimentos nos sistemas de triagem e reaproveitamento de recicláveis. “Queremos oferecer em Suzano toda a solução para os resíduos sólidos, de maneira local, sem depender de outras cidades”, afirmou Ashiuchi.
Para isso, a parceria prevê a implantação de duas usinas. A primeira será voltada ao recolhimento de rejeitos para a geração de energia renovável. Já a segunda será destinada ao processamento de reciclagem de resíduos da construção civil (RCC), gerando materiais utilizados pela Secretaria Municipal de Manutenção e Serviços Urbanos, com uma economia anual estimada em R$ 2,7 milhões para a pasta.
“A meta é dar mais vida útil aos aterros, reduzindo muito a quantidade de resíduos direcionados à área. Vamos focar no maior reaproveitamento possível, por meio de novos ecopontos, investimento na triagem e reciclagem, além da novidade das usinas. Ao final, queremos que apenas 15% do total seja direcionado aos aterros. Isso ajuda a reduzir a emissão de CO2, conferindo também créditos de carbono ao município, o que poderá servir como mais uma fonte de arrecadação, chegando a R$ 4,5 milhões ao ano”, explicou o prefeito.
O projeto ainda requer a implantação do Programa de Conscientização e Educação Ambiental, com um investimento mínimo de R$ 150 mil ao ano. Além do investimento em equipamentos para limpeza urbana, com contêineres subterrâneos, 600 novas lixeiras e novos ecopontos espalhados pela cidade. “É importante frisar que todas essas melhorias estão previstas na PPP. Ou seja, todo o investimento está por conta da empresa privada, comprometida em tratar 100% dos resíduos e dar solução ao destino final”, completou.
A Prefeitura de Suzano afirmou, ainda, que todo o processo deve gerar mais oportunidade de emprego e renda na cidade, contemplando até 600 trabalhadores de maneira direta e outros 1,2 mil indiretamente na área social, nos ecopontos, nas usinas e outras demandas de serviço geradas. Até o momento, a PPP já superou as etapas de consulta e audiência públicas, e a publicação do edital. A expectativa é de que o município conheça as propostas das empresas interessadas no início setembro, para dar andamento ao projeto ainda no mesmo mês.
A apresentação foi acompanhada pelos secretários André Chiang (Meio Ambiente), Samuel Oliveira (Manutenção e Serviços Urbanos), Itamar Viana (Planejamento e Finanças) e Renato Swensson (Assuntos Jurídicos), além do chefe de Gabinete da Prefeitura de Suzano, Afrânio Evaristo, e dos vereadores Rogério Castilho, Jaime Siunte e Marcel Pereira da Silva, o Marcel da ONG. O evento, sediado no Cineteatro Wilma Bentivegna, também contou com a presença da imprensa e do presidente da Cia Paulista de Desenvolvimento (CPD), Mario Luiz Silvério, que promoveu a consultoria do projeto suzanense, também prevista na PPP.