Já viu livro em formato de tapete? Foi a forma que a ex-aluna da UMC (Universidade de Mogi das Cruzes), Sarah Estelita Martinez Santos, encontrou de chamar a atenção de crianças autistas para histórias que fizeram parte da infância de todos nós.
Em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), Sarah escolheu contar a história de “O Pequeno Príncipe” por entender que o enredo do personagem pode ser facilmente conectado com o autismo, “onde um garoto que vivia em seu próprio planeta decide sair em busca de amigos e com sua percepção diferenciada e pureza incomparável ensina lições valiosas sobre a vida”.
De acordo com o TCC, “o livro-objeto se caracteriza por transformar elementos da história em pontos de interação com o leitor, utilizando diferentes percepções sensoriais, composições, cores, formas e tipografias como ferramentas que contribuem de forma essencial para a narrativa facilitando a imersão”.
O projeto foi tão bem desenvolvido que ficou entre os finalistas do Intercom – Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, destinado ao fomento e à troca de conhecimento entre pesquisadores e profissionais da área da comunicação.
“O meu objeto de estudo teve como ponto de partida as crianças com autismo e suas famílias. Entendi que a profissão do designer não é fazer só algo bonito, mas entender a necessidade das pessoas e traduzir isso em um projeto que traga praticidade ao dia a dia delas. Esta foi a concepção que utilizei para criar um livro no formato de tapete com os personagens transformados em bonecos para que a trama pudesse chamar a atenção das crianças e incentivar a interatividade”, explica a designer Sarah, que concluiu o seu curso na UMC em 2018.
Para alcançar esse destaque, Sarah explica que contou com a experiência acadêmica adquirida no curso. Durante os anos de estudo ela teve a oportunidade de pesquisar e se informar sobre o amplo campo de trabalho que um designer pode atuar, como exemplo: estúdios de design, editoras, produtoras de vídeo, agências de publicidade, emissoras de TV, empresas de embalagens, empresas cinematográficas, design de tipografia; design promocional; design de ambientação; design de sinalização; design de ambiente web; ilustrador; diretor de arte; dentre outros.
“O profissional do Design Gráfico é aquele que precisa estar em constante transformação e formação. Em um mundo tecnológico e das redes sociais, é algo cada vez mais necessário, e o nosso objetivo no curso, é sempre o de promover conhecimento em seu melhor nível e apoiar o aluno na diversidade que o futuro do trabalho impõe”, disse a professora Gracy Duarte, coordenadora dos cursos de Comunicação e Design Gráfico da UMC.