A Prefeitura de Mogi das Cruzes informou que o programa ‘Quitanda Social’, iniciativa que combate a insegurança alimentar e simultaneamente incentiva a agricultura familiar, será retomado neste mês de março, com perspectivas de ampliação.
O número de famílias atendidas em 2023 deve ultrapassar as 1.500, informou a administração municipal, acrescentando que também haverá ampliação no número de cooperativas participantes, de territórios abrangidos, de recursos aplicados no programa e, ainda, no calendário anual.
Os recursos que custeiam o Quitanda Social provêm do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), uma ação do governo federal, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), que tem parceria com o Governo de SP, pela CATI – Coordenadoria de Assistência Técnica Integral. Em âmbito municipal, o Quitanda Social é gerido pela Secretaria de Assistência Social de Mogi das Cruzes, com apoio da Secretaria Municipal de Agricultura.
Por meio do PAA, os órgãos públicos podem comprar alimentos da agricultura familiar, sem necessidade de licitação, e os destinam a pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, à rede socioassistencial, aos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional e à rede pública e filantrópica de ensino. Os recursos são repassados inicialmente às cooperativas, que indicam o município para o qual desejam fazer a destinação dos valores.
Para 2023, quatro cooperativas indicaram Mogi das Cruzes: Cooprojur (Cooperativa dos Produtores Rurais de Jundiapeba e Região), Coopasat (Cooperativa dos Produtores Agrícolas Solidários do Alto Tietê), Copavat (Cooperativa dos Produtores Agrícolas do Cinturão Verde do Alto Tietê e a Coaipro (Cooperativa de Produtores Alimentares de Santa Isabel). A novidade é esta última, de Santa Isabel, que passa agora a fazer parte do Quitanda Social de Mogi.
A Prefeitura explica que, com a ampliação no número de cooperativas agrícolas parceiras, cresce também o volume de alimentos disponibilizados e de recursos federais destinados às famílias de Mogi. A expectativa da administração municipal é que, somente neste ano, mais de R$ 500 mil possam ser diretamente aplicados no Quitanda Social.
Com a ampliação, o calendário do programa, que antes era realizado no período entre março e outubro, passará a acontecer entre março até dezembro.
Além dos bairros já atendidos pelas entregas quinzenais, este ano a distribuição gratuita de alimentos também começará a ser feita em locais como Chácara Guanabara, Oropó e Centro, que receberá entregas que antes eram feitas no Mercado do Produtor. A Prefeitura afirmou que o número de famílias beneficiadas a cada quinze dias subirá em locais como Jardim Piatã e Residencial Novo Horizonte.
Os bairros onde já havia entregas e elas serão mantidas são: Jardim Piatã, Residencial Novo Horizonte, Jundiapeba, Vila Nova União, Jardim Aeroporto III, Biritiba Ussu, Vila Moraes, Cezar de Souza, Botujuru, Vila Brasileira e Conjunto Jefferson. As entregas são feitas em parceria com equipes dos CRAS e CREAS e também organizações sociais.
De acordo com a administração municipal, a prioridade é atender famílias em situação de vulnerabilidade e insegurança alimentar, por isso, é preciso que os contemplados estejam inscritos no Cadastro Único (CadÚnico).
“Nós ainda vivemos a pandemia da fome, portanto estamos sempre buscando formas de amenizar esse problema tão grave, que não é exclusivo de Mogi das Cruzes, mas que precisamos combater. O Quitanda Social é uma dessas medidas, que garante acesso ao alimento de qualidade a custo zero. Já estamos nos organizando para pleitear recursos e agradecemos muito à parceria de todos. Este programa é um esforço coletivo e não seria possível sem a participação de cada um de vocês”, disse a secretária municipal de Assistência Social, Celeste Gomes.
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