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MOGI DAS CRUZES

Programa em Mogi ajuda dependentes químicos a voltarem ao mercado de trabalho



Desde outubro, funciona em Mogi das Cruzes o programa “Estamos de Volta”, formado por um grupo do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) que trabalha questões relacionadas à ressocialização e reinserção social como forma de estímulo e incentivo para um novo capítulo na vida dos pacientes.



A iniciativa surgiu há dois meses e, entre as atividades, contribui em tarefas simples, como a criação de um currículo, além de algumas dicas para passar pela entrevista de emprego. Durante os encontros, diversos pontos são abordados para ajudar na reinserção profissional. 



“Sabemos que as dificuldades são enormes, já que muitas pessoas estão há bastante tempo fora do mercado de trabalho, outras estão em situação de rua e vivem em abrigos. Temos até mesmo uma dificuldade da própria sociedade em aceitar essas pessoas. A dependência química é uma situação que precisa de acompanhamento e apoio”, disse a assistente social Ana Cristina Menezes.



O Caps AD atende usuários que enfrentam a dependência de álcool e outras drogas, de ambos os sexos. O serviço oferece atendimento ambulatorial com uma equipe multidisciplinar e realiza consultas com psiquiatras e psicólogos, oficinas terapêuticas e outros procedimentos.



A assistente social destaca que muitos pacientes têm como primeira conquista a elaboração do currículo. “Eles trazem as informações sobre suas experiências, telefones de contato de parentes, já que com o tratamento e acompanhamento no Caps AD, eles conseguem recuperar os laços familiares, que acabam desgastados pelo uso de drogas. Criamos, ainda, endereços de e-mail para aqueles que já estão capacitados a voltar ao mercado de trabalho. São coisas que podem parecer simples, mas que fazem a diferença”, ressalta.

Para os pacientes que integram o grupo, as oportunidades de trabalho são as principais expectativas. “Realizo tratamento há nove meses e, desde então, estou sóbrio. Muitas empresas não aceitam as pessoas que estão em tratamento, mas o Caps AD foi uma luz no fim do túnel quando achava que não conseguiria mais. Criei um vínculo com outros pacientes e funcionários, hoje considero minha segunda casa”, relata um dos participantes.

Desde 2008 sem trabalhar com carteira assinada, o paciente, de 53 anos, conta ainda que realiza trabalhos autônomos em serviços gerais, mas faz planos para quando conquistar um emprego. “Faço bicos e o trabalho ajuda muito no tratamento. Quero ter minha casa, voltar a estudar, constituir uma família. O álcool me fez perder muitas coisas, mas a principal foi a confiança das pessoas. Ele me fez perder emprego, uma noiva quando era mais jovem e minha mulher. Cheguei a morar na rua para não envergonhar minha família e não quero mais passar por isso”, ressalta.

A profissional explica que a atuação do grupo também funciona de forma colaborativa, pois as dúvidas dos pacientes viram temas abordados nos encontros. “Buscamos identificar em quais áreas essas pessoas já atuaram ou suas afinidades, assim, direcionamos para as vagas que surgem”, explica Ana Cristina.

Além da preparação para o mercado de trabalho, um dos passos adotados pelo grupo é apoiar o retorno dos pacientes aos estudos. “Estamos direcionando as pessoas que não terminaram a escola para o programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Também indicamos os cursos profissionalizantes gratuitos que existem na cidade. Eles têm um grande potencial e trabalhamos para que tenham qualidade de vida”, reforça Ana Cristina.

O Caps AD de Mogi funciona de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17h, na rua Júlio Mobaid, 61, na Vila São Francisco. Quem quiser colaborar com o projeto, com oportunidades de recolocação no mercado de trabalho, pode entrar em contato por meio do telefone: 4798-7336.

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Por Leandro Cesaroni

Jornalista graduado pela FIAM e pós-graduado em jornalismo cultural pela FAAP

Uma resposta em “Programa em Mogi ajuda dependentes químicos a voltarem ao mercado de trabalho”

Que pena que do geito que o caps de encontra não.a mínima possibilidade de um grupo ir até o final por tanto os pacientes querem permanecer no tratamento mais enfelismete são feito a corta no pts abrigando o paciente volta para rua isso já é fato eu tenho sorte em conquista minha família de volta mais meus colegas infelizmente não teve essa sorte então o que vcs oferece é esperança onde ela é limitada e vetada por vcs onde um paciente de extremo uso não são visto e simplismente são cortados de uma forma brutal sua convivência no caps onde em nota vcs usarão o nome do cecco falando que os pacientes estava la em nota da prefeitura onde nao tem uma mentira que hoje tenho vergonha de ser caps onde luto diariamente para o caps voltar oque era antes até a Horta que é um projeto de desenvolvimento muito importante foi vetado que vergonha onde os essas três pessoas que não são proficionais falarão que não é importante o tema nunca foi geração de renda e sim desenvolvimento ao próprio corpo servindo de instrumento para o bem estar do corpo no grupo foi bem claro que a Horta não era importante e a terra não era necessário uma vergonha onde a antiga gerente deixou em nossas mãos um projeto tão importante e a nova administração mais Gerson Eduardo e a Sabrina acabarão com isso mais como sou Mogi e pago meus empostos vou fazer de tudo para o caps voltar como era antes

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