Na manhã da última segunda-feira (22), leitores do Notícias de Mogi encaminharam à redação fotos, vídeos e queixas com relação à demora no atendimento pediátrico do serviço de saúde, sobretudo do Hospital Municipal de Mogi das Cruzes, em Brás Cubas.
No mesmo dia, às 15h45, a Prefeitura de Mogi publicou uma nota em uma rede social afirmando que a lentidão no atendimento aconteceu por conta da superlotação do hospital. Segundo eles, somente das 7h às 12h, foram abertas 138 fichas de atendimento na unidade para a área pediátrica.
“Nesta época do ano, com a mudança de estação, aumenta muito a demanda nos pronto-atendimentos infantis”, afirmou a Prefeitura, completando que “outros serviços, como o Pró-criança e o Hospital de Clínicas Luzia de Pinho Melo, também estão cheios”.
Uma das principais queixas dos mogianos é com relação ao fato do serviço de saúde de Mogi atender também moradores de outras cidades. Quanto a isto, a Prefeitura diz que “o Serviço Único de Saúde (SUS) permite prestar atendimento a qualquer cidadão que se encaminhe para esses locais” e acrescenta que “os pacientes passam por classificação de risco, onde os casos de maior urgência são atendidos primeiro”.
Conselho Municipal de Saúde
Nesta quarta (24), o prefeito em exercício, Juliano Abe, deu posse aos novos membros do Conselho Municipal de Saúde, eleitos para o biênio 2019/2021. O órgão é composto por 24 membros titulares e seus respectivos suplentes, que serão responsáveis por decisões e propostas para a área da saúde.
Na ocasião, Abe chegou a citar o ocorrido na segunda-feira no Pronto Atendimento Infantil 24 horas do Hospital Municipal de Mogi das Cruzes e diz que espera dos novos conselheiros uma solução para o problema. “Talvez vocês conselheiros possam pensar alternativas para situações como essas. Talvez seja o momento de discutirmos esse aumento de forma mais aprofundada, com apoio da Câmara Técnica do Condemat, buscando alternativas para um problema que é regional”, disse ele.
A Prefeitura informou que, até o fim do dia, foram atendidas 390 crianças, “praticamente o dobro da média registrada nos meses anteriores, das quais quase 30% declararam residir em outros municípios”.
Entre as atribuições do Conselho Municipal de Saúde estão fortalecer a participação e o Controle Social no Sistema Único de Saúde (SUS), mobilizar e articular a sociedade de forma permanente na defesa dos princípios constitucionais que fundamentam o SUS; elaborar o Regimento Interno do Conselho e outras normas de funcionamento; discutir, elaborar e aprovar propostas de operacionalização das diretrizes aprovadas pelas Conferências de Saúde; atuar na formulação e no controle da execução da política de saúde, incluindo os seus aspectos econômicos e financeiros, e propor estratégias para a sua aplicação aos setores público e privado.
