Dois aterros clandestinos no bairro Rio Abaixo, em Itaquaquecetuba, foram interditados pela prefeitura nesta terça-feira (12). A ação foi acompanhada pelo prefeito Eduardo Boigues, por técnicos das Secretarias de Segurança, Meio Ambiente e pela Guarda Civil Municipal (GCM). A suspeita é de que, além da terra, possa haver materiais prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.
Segundo a administração municipal, diversos caminhões e máquinas trabalhavam no local quando as equipes de postura, fiscalização e outras chegaram com o prefeito.
“O que a gente não pode mais conceber são atividades poluidoras como esses tipos de descartes inertes, aterros clandestinos que acabam não só prejudicando o meio ambiente, mas principalmente fazendo com que recursos naturais, como piscinões, reservas e áreas de mananciais façam a acomodação natural das aguas de chuva”, disse Boigues.
Na opinião do prefeito, os aterros são a causa das enchentes em diversos bairros: “Quando você aterra esses piscinões naturais, o leito calçado dos rios fica mais represado, mais curto, segurando e represando por mais tempo as águas. Os alagamentos nas regiões Fiorella, Vila Sônia, Maria Augusta e Vila Japão prejudicam todas essas famílias que sofrem há anos com essas enchentes”.
A Prefeitura explicou que o termo de interdição é aplicado até que os responsáveis pelos aterros comprovem por meio de laudo técnico ambiental qual é o material descartado nos locais. Além das questões técnicas e ambientais, os responsáveis pelos aterros devem ainda, efetuar o levantamento dos valores referentes ao Imposto Sobre Serviço (ISS), que nunca foram recolhidos. Caso não haja este levantamento, a Secretaria de Receita de Itaquaquecetuba fará o levantamento tributário estimado e aplicará a cobrança.
“Não haverá mais essa atividade poluidora de descarte de inertes, descarte irregular. Itaquaquecetuba não será mais conhecida como lixão a céu aberto de toda a Grande São Paulo e Capital”, concluiu o novo prefeito da cidade.