A Polícia Civil do Estado de São Paulo deflagrou, nesta terça-feira (14), a Operação Poison Source – Fonte do Veneno, para desmantelar uma rede criminosa envolvida na produção e comercialização de bebidas alcoólicas adulteradas. A ação do Governo de SP visa para combater casos recentes de intoxicação por metanol registrados em várias regiões do país.
Coordenada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), por meio da 1ª Delegacia de Investigações sobre Furtos e Roubos de Veículos (Divecar), a operação teve como objetivo localizar e apreender produtos, maquinários, insumos para produção de bebidas, além de celulares, documentos e outros materiais que possam ajudar na identificação dos envolvidos e na comprovação das atividades ilícitas.
Ao todo, foram expedidos 20 mandados de busca e apreensão, sendo sete na capital paulista e o restante em Poá, Santo André, São José dos Campos, Santos, Guarujá, Presidente Prudente e Araraquara. Cerca de 150 policiais civis participaram da ação.
De acordo com a delegada Leslie Caran Petrus, que coordena a operação, as investigações começaram após um flagrante ocorrido há cerca de dez dias. “Ele vendia garrafas com rótulos, tampinhas intactas e lacres, praticamente impossível de identificar a falsificação. Depois, descobrimos quem adquiriu esses produtos e estamos indo atrás deles hoje”, explicou a policial.
A operação terminou com seis pessoas presas e a apreensão de cerca de 15 barris de bebidas, além de centenas de garrafas, tampas e etiquetas de marcas de alto valor comercial.
Segundo o delegado-geral de Polícia, Artur Dian, dos 20 locais fiscalizados, em ao menos 13 foram identificadas bebidas adulteradas, conforme laudo preliminar da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), que prestou apoio à operação. “Estamos completamente empenhados em desarticular essa rede criminosa, foi por isso que o governo do estado montou uma força-tarefa, com um trabalho de multisetores, para darmos, o mais rápido possível, a pronta-resposta que a sociedade merece”, afirmou Dian.
Os envolvidos devem responder por falsificação de bebidas, crimes contra as relações de consumo e associação criminosa, caso o vínculo entre os suspeitos seja comprovado.
De acordo com as investigações, a rede criminosa atuava em múltiplas etapas, desde a falsificação das bebidas até o recolhimento e compra de garrafas usadas, que eram reutilizadas para enganar consumidores e disfarçar a ilegalidade dos produtos. Esses itens eram posteriormente vendidos, por preços mais baixos, a estabelecimentos comerciais.
Para o diretor do Deic, Ronaldo Sayeg, as prisões revelam a extensão e o envolvimento de diferentes setores no esquema. “Muitos deles sabiam que estavam adquirindo bebidas adulteradas, mas infelizmente só pensaram no lucro”, disse.
As forças de segurança seguem com o apoio da Vigilância Sanitária, da Abrabe e de outras instituições nas fiscalizações e análises periciais para desmantelar completamente o esquema de falsificação. As investigações seguem sob segredo de justiça, e novos resultados devem ser divulgados nos próximos dias.
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