Na segunda-feira (13), guardas municipais de Mogi das Cruzes foram deslocados para o distrito de Sabaúna após a denúncia de uma vítima, que é acompanhada pela Patrulha Maria da Penha. De acordo com vizinhos, o ex-companheiro da vítima estava na rua em que ela mora portando uma faca e fazendo ameaças contra a mulher.
Segundo a Prefeitura de Mogi, o suspeito foi localizado em uma praça do distrito e, ao verificar a aproximação da viatura, tentou se desfazer da faca. No entanto, ele foi detido e encaminhado ao 1º Distrito Policial, onde a ocorrência foi registrada e a prisão foi ratificada.
Após consulta, foi verificado que o homem estava em liberdade provisória desde o dia 13 de março, uma vez que já havia sido autuado em flagrante em 5 de dezembro do ano passado.
“Ocorrências como esta mostram a importância do trabalho desenvolvido pela Patrulha Maria da Penha, que salva vidas. É uma forma importante de marcar os dois anos deste grupamento, que vem tendo resultados positivos e que ganhou a confiança das mulheres”, afirmou a comandante da Guarda Municipal de Mogi das Cruzes, Thais Nascimento.
O caso foi o 54º flagrante de violência contra mulheres registrado pela Patrulha Maria da Penha, que esta semana completou dois anos de atuação. O grupamento acompanha, atualmente, 482 vítimas de violência doméstica, que possuem medidas protetivas determinadas pela Justiça. A patrulha oferece acompanhamento preventivo e periódico, para garantir proteção às mulheres em situação de violência que possuem medidas de urgência expedidas com base na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006).
“A violência contra a mulher é um problema que, infelizmente, está presente em todo o Brasil. Em Mogi das Cruzes, a Prefeitura vem adotando medidas para combatê-lo e a Patrulha Maria da Penha é uma iniciativa que busca oferecer a sensação de segurança que estas vítimas merecem e precisam para poder seguir suas vidas”, disse o secretário municipal de Segurança, Paulo Roberto Madureira Sales.
A Prefeitura informou que o trabalho da Patrulha Maria da Penha foi intensificado durante o período de quarentena e isolamento social para o combate à pandemia de Covid-19 e à disseminação do novo coronavírus. Com isso, as rondas e contatos telefônicos com as mulheres acompanhadas estão sendo feitos com maior frequência.
Na última semana, três homens foram flagrados por violência contra a mulher ou por desrespeito a medidas protetivas. Os casos aconteceram no Centro, na Porteira Preta e em Braz Cubas.