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MOGI DAS CRUZES

Moradores do Jd. Aeroporto acusam Prefeitura de Mogi de demolir casas irregularmente



Uma demolição de casas de alvenaria no Jardim Aeroporto III, em Mogi das Cruzes, na manhã da última quinta-feira (11), causou a indignação de moradores da região, que apontam irregularidade na ação, realizada por um grupo de trabalho de combate a invasões composto por órgãos como Ministério Público, Polícia Militar, Guarda Municipal e Secretarias Municipais.



Em vídeos que rapidamente circularam pelas redes sociais, os moradores acusam a Prefeitura de Mogi de ter mandado demolir, sem qualquer tipo de aviso prévio e em plena pandemia de Covid-19, casas que vinham sendo habitadas. As imagens mostram os entulhos da demolição e os móveis deixados para fora. Alguns dos moradores exibem contas de água pagas, com o intuito de provar que estavam mesmo morando no local.



Após a polêmica gerada pela ação, a Prefeitura de Mogi das Cruzes emitiu uma nota afirmando que as demolições “foram feitas em imóveis em processo irregular de construção” e dizendo que “não havia famílias ocupando as edificações, que ainda não estavam concluídas”.



Segundo a administração municipal, “trata-se de área pública de proteção permanente (APP) que por lei, edificações não são permitidas (inclusive há um processo administrativo em tramitação pela Secretaria de Verde e Meio Ambiente, relativo à área e às ocupações irregulares)”.



A Prefeitura afirmou, ainda, que “o secretário de Assuntos Jurídicos e Habitação, Sylvio Alkimin, juntamente com sua equipe, acompanhou toda a ação in loco e atendeu todas as pessoas no local” e completou dizendo que “ao término da ação, os moradores se comprometeram a não permitir novas construções irregulares no local e a prefeitura a continuar o processo de fiscalização”.

Na parte da tarde, o secretário se reuniu com um grupo composto por representantes dos moradores e vereadores do município (Inêz Paz, Malu Fernandes, Edinho do Salão, Carlos Locarefski, John Ross, Marcelo Brás).

À noite, o prefeito Caio Cunha também se manifestou nas redes sociais, dizendo que foi feito um levantamento prévio das construções e consultas aos moradores das proximidades e ficou constatado que o espaço estava sendo loteado e vendido irregularmente aos munícipes. Ainda segundo ele, “instalação e contas pagas não comprovam a habitação de construções, que sequer tinham telhados”.

O prefeito concluiu dizendo que a prefeitura se compromete a assistir todos aqueles que comprovem que estavam morando nas edificações que foram demolidas.

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