A equipe da Secretaria Municipal de Assistência Social de Mogi das Cruzes esteve na Câmara Municipal na manhã de terça-feira (21) para a prestação de contas referente ao terceiro quadrimestre de 2022.
De acordo com os dados, apresentados pela secretária municipal de Assistência Social, Celeste Gomes, e pelo secretário-adjunto da pasta, Tomás Andreetta, nos últimos meses aumentaram os índices de vulnerabilidade social na cidade.
Conforme exposto, o município tem atualmente 471.602 pessoas (segundo o IBGE) e 149.291 delas estavam no Cadastro Único no último quadrimestre de 2022, o que corresponde a 31% do total. Ou seja, uma a cada cinco pessoas na cidade estava em situação de pobreza e extrema pobreza no encerramento do último ano.
Se considerar somente as famílias em situação de extrema pobreza, o crescimento foi de quase 50%. Isto porque, no começo do ano passado, eram 36 mil famílias nessa situação e, no fechamento do último quadrimestre, esse número já tinha saltado para quase 45 mil
Segundo a administração municipal, o avanço impacta diretamente nos atendimentos dentro da rede socioassistencial. No último ano, quase 60 mil pessoas – 12% da população – passaram pelos serviços e equipamentos da Assistência Social. Trata-se de um aumento de 40% com relação ao ano de 2021, quando 43 mil pessoas procuraram atendimento da Assistência Social.
Como reflexo, o número de beneficiários nos programas de transferência de renda também teve aumento. Pelo Bolsa Família, que foi substituído durante a última gestão federal pelo programa Auxílio Brasil, porém agora restabelecido, o aumento ao longo de 2022 foi de 30 para 37 mil beneficiários.
Já pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), destinado a pessoas idosas e pessoas com deficiência, o salto foi de 8.800 para 9.700 beneficiários na cidade. Somando esses dois últimos programas, foram quase R$ 35 milhões de recursos federais injetados por mês no município.
A audiência de prestação de contas da Secretaria Municipal de Assistência Social teve à mesa os vereadores Inês Paz e Osvaldo Antonio da Silva, ambos da Comissão Permanente de Assistência Social, Cidadania e Direitos Humanos da Câmara, sendo o último presidente do colegiado.
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