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Manifestantes se reuniram, no fim da tarde desta quinta-feira (13), em frente à Prefeitura de Mogi das Cruzes para pedir mais segurança nas escolas, por conta dos recentes casos de violência envolvendo alunos e professores em unidades escolares de diferentes locais do país.
Cerca de 80 pessoas estiveram no ato, que teve início às 18h e foi organizado por mães e pais de alunos, além de professores e outros funcionários da área da educação. O protesto contou, ainda, com a presença dos vereadores Inês Paz (PSOL), Iduigues Martins (PT) e Francimário Vieira Farofa (PL).
Os manifestantes não se sentem satisfeitos com as medidas de reforço à segurança nas escolas anunciadas esta semana pela Prefeitura, que preveem monitoramento de redes sociais, reforço da ronda escolar, cercas elétricas e botão de pânico para todas as escolas municipais, dentre outras ações que ainda estão em fase de planejamento.
As reivindicações feitas pelos participantes do ato realizado em frente à Prefeitura incluem detector de metais nas portas de acesso às escolas, reformas para ampliação dos muros das unidades, treinamento dos profissionais da área da educação e maior policiamento nos entornos das escolas.
“Não tem bandeira partidária, não tem ideologia, aqui é todo mundo pelos nossos filhos. Tem filho de gente de esquerda, de direita, de centro, tem filho de rico, de pobre. A gente unido faz a força sim. Os professores são os segundos pais e a escola é a segunda casa. Eu não quero ver meus filhos e nem os filhos de vocês vendo como segunda casa um lugar que eles não sabem nem se vão sair vivos”, disse Jackeline Benevides, uma das organizadoras do ato.
A vereadora Inês Paz, que é professora aposentada da rede pública estadual, criticou a forma como a gestão municipal vem enfrentando a situação, que tem afligido cidades em todo o país. “Aqui na cidade de Mogi das Cruzes está ocorrendo, desde o início dessa gestão, um desmonte pedagógico na educação, que não tem investimento, não tem valorização”, afirmou ela, dizendo, ainda, que a Prefeitura possui recursos para investir no combate à violência escolar, uma vez que vem apresentando superávit orçamentário.
“Estamos vivendo um Brasil doente, racista, nazista, homofóbico, xenofóbico e por aí vai. Nós temos que superar essa página triste da história do Brasil, onde se difundiu as armas, a morte, a violência”, afirmou o vereador Iduigues Martins, que também criticou a Prefeitura na condução do combate à violência nas escolas: “Mogi tem várias escolas desprovidas de segurança. Tem escola que sequer tem muro”.
A administração municipal foi procurada pela reportagem para se manifestar a respeito do protesto realizado nesta quinta-feira e encaminhou a seguinte nota:
“A Prefeitura de Mogi das Cruzes respeita toda forma de manifestação pacífica para reivindicar melhorias para a cidade e acompanhou a movimentação desta quinta-feira (13/04). Não houve solicitação dos líderes do grupo para serem recebidos pela administração municipal, por isso não foi realizada reunião com os manifestantes.
A Prefeitura de Mogi das Cruzes se mantém atenta à questão da segurança nas escolas e vem adotando medidas, em conjunto com a Polícia Militar e a Polícia Civil, como o reforço do trabalho da Ronda Escolar e o protocolo para atendimento prioritário a chamados relacionados a escolas.
Nesta sexta-feira (14/04), a Prefeitura entrega oito novas viaturas para a Guarda Municipal, que são parte do trabalho de fortalecimento da segurança na cidade. Também será apresentado um grupo de trabalho voltado à segurança escolar.
A Prefeitura também está investindo em ações de tecnologia e inteligência, como a implantação de totens de segurança, os procedimentos para a aquisição de um sistema de monitoramento de redes sociais e a contratação de sistema de monitoramento inteligente, cercas elétricas, agentes de monitoramento 24 horas e botão de pânico, para todas as escolas municipais“
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