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MOGI DAS CRUZES

Maioria dos pais que ainda não mandaram filhos para escola em Mogi aguarda vacinação



A Secretaria de Educação de Mogi das Cruzes divulgou nesta sexta-feira (22) o resultado da consulta pública, realizada junto ao GAEPE Mogi, sobre o retorno presencial na rede municipal de ensino. De acordo com a pasta, a pesquisa foi respondida por 5.266 pais e responsáveis e buscou levantar as principais razões pelas quais os estudantes ainda não estão frequentando as aulas presenciais. Os motivos mais indicados pelos pais e responsáveis foram relacionados à vacinação contra a Covid-19.


A consulta foi realizada entre os dias 21 de setembro e 5 de outubro pelo aplicativo Educa+Mogi ou pelo portal da Secretaria de Educação, com acesso somente pelo RA do aluno. Do total de participantes, 48% indicaram que seus filhos retornaram ao ensino presencial. Sobre os motivos do não retorno às atividades presenciais, os participantes puderam responder mais de um motivo, dentre 10 possibilidades, por isso os percentuais abaixo descritos superam a soma de 100%. 


Três das questões relacionadas à vacinação reuniram 2.526 respostas, o que representa 92% entre os pais e responsáveis cujos filhos ainda não retornaram presencialmente. Deste total, a opção mais escolhida foi a espera pela vacinação das crianças, com 1.172 respondentes (43%). Outros 789 participantes (29%) são contra o retorno presencial até que toda a sociedade esteja totalmente vacinada e 565 (20%) disseram que seus filhos não retornaram às aulas devido a familiares que ainda não receberam a segunda dose da vacina.


Na faixa de 26% dos respondentes que ainda não aderiram ao retorno presencial os motivos apontados foram a preocupação com a escola em ser um ambiente seguro e o fato de considerar ainda alto o número de casos de Covid-19. Ainda, 10% do total afirmaram que a organização do revezamento nas unidades com os grupos-controle não é compatível com a rotina da família.


As opções menos indicadas pelos pais e responsáveis foram o fato da escola estar em obras (2%), a preferência pela proximidade com os familiares (3%) e a indicação médica para que o filho/filha não retorne, em função de comorbidades (4%). Ainda, 8% dos respondentes consideram que os filhos estão desempenhando bem no ensino remoto e não querem alterar a rotina de estudos.

A Prefeitura de Mogi das Cruzes afirmou que os resultados da consulta pública foram analisados pelo GAEPE Mogi na reunião mensal realizada na última segunda-feira (18). As conclusões da discussão apontaram a necessidade das secretarias de Educação e de Saúde reforçarem as campanhas de conscientização sobre os baixos riscos de contaminação em crianças que seguem os protocolos sanitários, bem como a importância de uma visibilidade ainda maior aos trabalhos de segurança sanitária e de recomposição da aprendizagem realizados pela rede municipal de ensino. Na ocasião, o gabinete iniciou a discussão sobre a obrigatoriedade do retorno presencial, tema que está em discussão.

Na rede estadual, o retorno obrigatório está valendo desde a última segunda-feira (18), por determinação do governador de São Paulo, João Doria.


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