No último dia 16, o Governo de São Paulo realizou o leilão da concessão do Lote Litoral Paulista, que envolve 213 km de rodovias no Alto Tietê, Litoral e Vale do Paraíba, mais especificamente nas rodovias Mogi-Dutra (SP-088), Mogi-Bertioga (SP-098) e Padre Manuel da Nóbrega (SP-055).
Além de prever a instalação de três pedágios em Mogi das Cruzes e região, o projeto de concessão apresenta, como contrapartida, a realização de obras e intervenções nas rodovias.
A maior parte das obras está concentrada na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega. Entre Bertioga e Santos, serão 36,7 km de vias duplicadas e 35,7 km de ciclovias. Entre Praia Grande e Peruíbe serão mais de 32 km de ciclovias e 9 km de marginais. Já entre Peruíbe e Miracatu, o trecho será completamente duplicado e ainda ganhará 4,4 km de ciclovias.
Na Rodovia Mogi-Bertioga, que deve receber um pedágio já próximo ao litoral, estão previstos 6,25 km de pista dupla, 10 km com terceira faixa, três rampas de escape e três passarelas novas.
“No início de Mogi, o trecho que hoje é em multivias será transformado em um trecho duplicado. Também haverá implantação de uma 3ª faixa nos locais de pista simples até o início da serra. Na serra, haverá implantação de acostamentos e também três rampas de escape para veículos pesados”, explica a diretora econômico financeira da Companhia Paulista de Parcerias, Raquel França Carneiro.
Por fim, na Mogi-Dutra, onde deverão ser instalados dois pedágios – um em Mogi das Cruzes e um em Arujá – serão realizados 2,85 km de duplicação e 8,7 km de faixas adicionais em pista dupla, além de três dispositivos em desnível e quatro passarelas. Está prevista também a duplicação da Estrada do Evangelho Pleno, antiga Estrada do Pavão.
“No trecho que liga a rodovia Dutra e a SP-056, terá a conclusão de obras de duplicação. Depois, no trecho entre a Ayrton Senna e Mogi das Cruzes, haverá implantação de faixas adicionais, para melhorar o tráfego naquela região”, explica Raquel.
Com um prazo de 30 anos, a concessão prevê investimentos de R$ 4,3 bilhões. O consórcio Novo Litoral, liderado pela Companhia Brasileira de Infraestrutura (CBI), venceu o leilão internacional. O grupo propôs desconto de 10,17% sobre a contraprestação pública máxima de R$ 199 milhões por ano a ser paga pelo Estado.
