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MOGI DAS CRUZES

Líder do PL, Valdemar Costa Neto é preso pela Polícia Federal



O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, foi preso pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (8). As informações são da CNN.



Valdemar é um dos alvos da Operação Tempus Veritatis, que apura a possível existência de uma organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, com o objetivo de obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República, Jair Bolsonaro, no poder.



Segundo a CNN, a Polícia Federal confirmou a prisão em flagrante de Valdemar por posse ilegal de arma de fogo, após policiais terem encontrado uma arma sem registro em sua residência em Brasília/DF. Também foi apreendida uma pepita de ouro que, segundo a PF, provém de garimpo ilegal.



Em nota publicada nas redes sociais do Partido Liberal, a defesa de Valdemar Costa Neto afirmou que “não há fato relevante algum e que a pedra apreendida tem baixo valor e não configura delito segundo a própria jurisprudência”. Segundo a nota, a arma é registrada, tem uso permitido e pertence a um parente próximo de Valdemar, tendo sido esquecida há vários anos no apartamento dele. “Como pode alguém ser detido por ser portador de uma pedra guardada há anos como relíquia e que, segundo a própria auditoria da Polícia Federal, vale cerca de 10 mil reais?”, conclui a nota.



Estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas. Entre os alvos da operação está o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Policiais federais cumprem as medidas judiciais, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal, nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

Nesta fase, as apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.

O primeiro eixo consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas Eleições de 2022, por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022.

O segundo eixo de atuação consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, através de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível.

O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados, em apoio à Polícia Federal.

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