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Em meio ao cenário desafiador criado pela pandemia de Covid-19, representantes das diretorias Alto Tietê e São José dos Campos do CIESP (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) debateram, em uma live transmitida na internet, os desafios enfrentados pelas empresas e os caminhos que podem ser adotados daqui para a frente.
A transmissão, na qual foi discutida como a pandemia está afetando e ainda afetará o mercado a médio e longo prazo, contou com a participação da diretora de Relações Internacionais da FIESP e CIESP, CEO da AGGlobal e diretora do Hub 55 Brasil, Alexandra Gioso. “É preciso lembrar que todos os países sofreram e estão sofrendo com a pandemia. Olhar de forma criativa e diversificada pode fazer a diferença para os setores mais afetados”, analisou ela.
Para a diretora, a pandemia mostrou de maneira clara o problema de ter apenas uma única fonte exportadora de produtos essenciais. “Existe a tendência de nacionalização destes itens pelos países desenvolvidos. O Japão, por exemplo, investiu para que as indústrias saíssem da China. O Brasil vai ter que pensar como a empresa nacional de produtos essenciais pode se modernizar, aumentar seu grau de tecnologia, melhorar seus processos para ficar mais eficiente e competitiva”, disse.
Segundo o diretor da Ponsse Brasil, Fernando Campos, a pandemia acelerou a implementação de tendências que já eram discutidas. “Temos a questão das tecnologias que estão sendo implantadas em vários setores das indústrias e a sustentabilidade, que é uma grande preocupação. Talvez, o que demoraria 15 anos para ser implementado, com o impacto da pandemia, está sendo antecipado”, avaliou.
De acordo com Fábio Hoels de Matos, advogado empresarial, diretor jurídico do Grupo Elgin e presidente da Comissão de Direito Tributário da OAB/MC, é preciso ficar atento ao mercado após a pandemia para ver quais serão os impactos dos gastos do governo. “O Brasil precisa investir na indústria por meio de pesquisa de desenvolvimento, de treinamento e de mão de obra qualificada”, ressaltou.
A análise do presidente da Camex, diretor da WT Comércio Exterior e coordenador do Núcleo de Exportação CIESP Alto Tietê, Wladimir Machado, aponta que a capacitação é uma das chaves para que as empresas brasileiras consigam competir com outros mercados. “Em setembro de 2019, a economia chinesa teve a maior desaceleração dos últimos 17 anos. Uma das vantagens da exportação é que ela praticamente zera vários impostos. É importante ficar de olho nas oportunidades, mas com cautela”, recomendou.
O gerente regional da CIESP Alto Tietê Manoel Camanho ressaltou que este é um momento de união das indústrias. “Nos oito municípios que atuamos, contamos com aproximadamente 1,8 mil indústrias que geram mais de 60 mil empregos. A indústria tem que se unir para que tenhamos voz e possamos fazer pressão”, acrescentou.