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MOGI DAS CRUZES

Governo de SP deixará de repassar R$ 86 mil por mês à Santa Casa de Mogi das Cruzes



Uma resolução publicada pelo Governo de São Paulo na última quarta-feira (6), no Diário Oficial do Estado, determinou o corte de 12% dos recursos destinados aos Programas Pró-Santas Casas e Santas Casas Sustentáveis, destinados ao custeio das Santas Casas e hospitais filantrópicos do Estado.



Na Santa Casa de Mogi das Cruzes, por exemplo, o corte será equivalente a R$ 86 mil por mês, informou a entidade, que divulgou uma nota repudiando a decisão do governo estadual.



“Esse corte em valores vai impactar bastante no atendimento prestado pela Santa Casa à população, já que representa R$ 86 mil mensais e perto de 1 milhão a menos por ano para nossa instituição”, diz a nota.



José Carlos Petreca, Provedor da Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes, reforçou seu repúdio ao corte anunciado pelo Governo de SP. “Confirmo meu apoio à Fehosp (Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Beneficentes do Estado de São Paulo) e concordo com a posição de repúdio com esse corte nesta verba tão importante para nós, aqui da Santa Casa de Mogi das Cruzes e para todas as Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, transferindo para nós a responsabilidade de manter o volume de atendimento com a mesma qualidade afim de não causar impacto à população.”



A Santa Casa de Mogi das Cruzes é responsável por cerca de 20 mil atendimentos por mês, 5.000 partos por ano, além de ser referência em Ortopedia, Oftalmologia, Neurocirurgia e Gestação de Alto Risco na região. Vem a bastante tempo enfrentando, como as demais Entidades do Estado esses problemas de sub-financiamento do SUS, o colapso de alguns hospitais beneficentes e as consequências disto para a população que utiliza os serviços pelo Sistema Único de Saúde, SUS. Hoje, no hospital 96% dos atendimentos são feitos pelo Sistema Único de Saúde.

Nota da Fehosp

A Fehosp (Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Beneficentes do Estado de São Paulo) também publicou uma nota repudiando a resolução publicada no Diário Oficial e lembrou que em mais de 200 municípios do Estado, a Santa Casa ou o hospital filantrópico é o único equipamento de saúde para atendimento à população.

“No atendimento aos pacientes com Covid-19 não é diferente. Em algumas regiões do Estado, como Araçatuba, Barretos, Franca e Presidente Prudente, os atendimentos são 100% filantrópicos e nas demais regiões do Estado, exceto Capital, em média 60% dos atendimentos Covid são em hospitais com esse perfil”, diz a nota da Fehosp, acrescentando em seguida: “A redução dos recursos de custeio impactará em todos os atendimentos dessas unidades”>

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