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A Festa do Divino Espírito Santo de Mogi das Cruzes, que completa 411 anos em 2024, poderá ser reconhecida como bem cultural de patrimônio imaterial do Brasil.
Um dossiê, que será encaminhado ao IPHAN (Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional), está sendo preparado por uma comissão, liderada pela advogada e consultora em ESG (Environmental, Social and Governance) Patricia Cesare, pelo padre Vinícius Vilela e pelo advogado e professor universitário Luiz Fernando Prado de Miranda, em um trabalho voluntário em parceria com a Diocese de Mogi das Cruzes e a Associação Pró-Festa do Divino.
Desde agosto de 2023, os representantes da comissão começaram a mobilização “A Festa do Divino é o nosso Patrimônio” (nome do projeto), realizando uma série de reuniões com diversos grupos ligados à festividade. O processo de mobilização da comunidade mogiana foi dividido em três segmentos: religioso, civil e popular.
A última reunião, que marca o fim desta primeira fase de estudo, está marcada para o próximo dia 26, às 19h30, na Faculdade Paulo VI, localizada na Avenida Francisco Rodrigues Filho, 248, no bairro do Mogilar, em Mogi das Cruzes. A comissão vai receber integrantes dos grupos folclóricos, representantes da Entrada dos Palmitos, do Afogado do Povo, das Bandeiras, da Coroa do Divino e dos Tapetes Ornamentais confeccionados para a procissão de Pentecostes. Na oportunidade, será feita a apresentação do projeto e o andamento do trabalho até a chegada dele ao IPHAN.
“Temos de preparar toda a documentação, com depoimentos, registros e anuências de representantes dos mais diversos segmentos que integram a festa e um inventário com publicações e outras informações sobre a Festa do Divino, cumprindo uma série de exigências feitos pela legislação que trata do patrimônio imaterial. Nós montamos um cronograma que envolve mobilizações e articulação coletiva. O povo mogiano deve demonstrar o interesse em tornar a festa em um bem cultural do patrimônio imaterial do Brasil”, diz Patricia.
Segundo ela, caberá à sociedade civil, por meio de uma pessoa jurídica, no caso a Associação Pró-Festa do Divino de Mogi, assinar o requerimento de propositura do pedido de registro de bem cultural e posteriormente o encaminhamento ao IPHAN.
“Nas reuniões, fazemos a apresentação prévia do projeto com ajuda de imagens, provocando as pessoas a se manifestarem sobre a transformação da festa em patrimônio imaterial do Brasil. Falamos sobre a necessidade da anuência delas, dos representantes de cada um desses grupos”, explica Patricia.
A proposta em defesa da Festa do Divino para mostrar a relevância histórica da festividade para a memória nacional, bem como sua colaboração direta para a formação da identidade brasileira, iniciou-se em abril de 2023, poucos dias antes do início da 410ª edição da Festa do Divino e foi sugerida pelo então deputado federal Marco Aurélio Bertaiolli, hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
Dentre as festividades já reconhecidas pelo Iphan como patrimônio cultural imaterial brasileiro estão a Festa do Senhor do Bonfim, na Bahia (Salvador); a Festa do Divino Espírito Santo de Paraty (Rio de Janeiro); a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis, em Goiás (GO); e o Círio de Nazaré, em Belém (PA).
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