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Em operação contra pedofilia, Polícia Civil prende dois homens em Mogi das Cruzes



Dois homens foram presos pela Polícia Civil SP em Mogi das Cruzes na última terça-feira (19) durante a sexta edição da Operação Luz da Infância, que combate à pedofilia e pornografia infantil praticados na internet.



As informações foram divulgadas pelo delegado do Garra no Alto Tietê, Eduardo Boigues, que disse, ainda, que um terceiro suspeito foi procurado na cidade, mas estava viajando. Além disso, um outro indivíduo foi detido em Itaquaquecetuba.



Além de deter os suspeitos, os policiais civis apreenderam computadores, notebooks, CDs, DVDs, pendrives e outros materiais que serão enviados para perícia.



A força-tarefa é coordenada pelo MSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública) e envolve ainda ações em outros quatro países: Colômbia, Estados Unidos, Paraguai e Panamá.



Ao todo, durante as investigações foram identificados 57 alvos em São Paulo, sendo 27 na capital, 19 na região metropolitana e 11 no interior. O inquérito que deu origem aos mandados de busca e apreensão para esta operação foi instaurado pela Delegacia de Defesa da Mulher de Santo André.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), foram cumpridos mandados de busca e apreensão, mobilizando 201 policiais e 85 viaturas. Participaram da ação o Demacro, o DHPP e o DOPE.  

Dentre os 17 alvos detidos hoje, 11 serão indiciados por armazenamento; quatro por compartilhamento; um por produção de vídeo e outro por porte ilegal de arma.

A pena para quem armazena conteúdos de pedofilia pode ser de um a quatro anos; já para quem compartilha, a pena prevista é de três a seis anos. Para quem produz, pode variar de cinco a oito anos. 

Até professor

Dentre as três prisões realizadas pela Divisão de Captura da Polícia Civil, comandada pela delegada Dra. Ivalda Aleixo, se destaca a de um professor, de 54 anos, que lecionava em um colégio da Capital. Ele agia há pelo menos três anos. 

Na casa do suspeito, que já era monitorado pelos investigadores, foram apreendidos computadores, câmera, pendrives e HDs com material pornográfico infantil. Parte do conteúdo foi gravado dentro da escola onde o homem dava aulas. O professor utilizava caixas de remédio para esconder a filmadora portátil.  

Inicialmente, foi arbitrada fiança no valor de R$ 30 mil, mas ao analisarem parte das filmagens, os policiais registraram o flagrante e solicitaram a prisão preventiva. O homem passará pela audiência de custódia na quarta-feira (19). 

O suspeito é acusado de produção e armazenamento de conteúdo de pedofilia, cuja pena é de 4 a 8 anos. “Até o momento não há indícios de que ele tenha cometido abusos sexuais ou que compartilhasse o material que produzia”, afirma o diretor do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE), Osvaldo Nico Gonçalves.

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