O prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha (PODE), concedeu uma entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (18) para rebater as informações do balanço da transição divulgado na terça (17) pela prefeita eleita Mara Bertaiolli (PL), em audiência pública na Câmara Municipal.
“Muitas informações ali apontadas são fatos, porém, a absurda maioria, principalmente as mais polêmicas, são jogadas de uma forma que faz as pessoas entenderam algo completamente equivocado do que, de fato, a nossa gestão fez e qual a cidade que a gente está entregando”, disse Caio Cunha.
Na audiência, Mara Bertaiolli afirmou que a situação financeira de Mogi das Cruzes é “muito preocupante”. Segundo ela, até 30 de novembro, a Prefeitura possuía um saldo negativo de R$ 207 milhões, além de R$ 470 milhões em dívidas a pagar.
“O ano acaba no dia 30 de novembro? Não. Então como a pessoa tem coragem de falar, no dia 17 de dezembro, que a Prefeitura está em déficit? Fizeram uma conta de padaria”, disse Caio Cunha, acrescentando em seguida: “eles não consideraram, obviamente, as entradas do mês de dezembro, que são significativas para a cidade. Eles não consideraram a exclusão de empenhos que não serão utilizados. No próprio CAF, que é um financiamento internacional, já ‘morrem’ R$ 60 milhões que não serão utilizados em dezembro”.
Com relação ao nível de endividamento da cidade, Caio Cunha afirmou que a maior parte dos empréstimos foi realizada pelas gestões anteriores, dos ex-prefeitos Marco Bertaiolli e Marcus Melo.
“R$ 470 milhões de dívidas? Quem fez essas dívidas? Não foi a nossa gestão. As gestões anteriores fizeram R$ 420 milhões de dívidas. Nós fizemos um único financiamento e já começamos pagar, de R$ 50 milhões”, afirmou o atual prefeito. “Isso se chama desinformação, manipulação”, disse ele.
Em seguida, os secretários da gestão Caio Cunha – que também participaram da coletiva – apresentaram dados rebatendo as informações divulgadas pela equipe de Mara Bertaiolli, envolvendo as diversas áreas do serviço público municipal.
