Quem estava ansioso pela chegada do Sesc Mogi terá que ter um pouco mais de paciência. Isto porque uma decisão do órgão especial do TJ/SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), na última quarta-feira (12), suspendeu a concessão da área onde a unidade seria construída.
O julgamento, que contou com 22 desembargadores, considerou procedente uma Ação Direta de Inconstitucionalidade proposta pelo Ministério Público de São Paulo contra atos do presidente da Câmara Municipal, Sadao Sakai (PR), e do prefeito de Mogi das Cruzes, Marcus Melo (PSDB), que promulgarem lei autorizando o uso do espaço pelo Sesc.
Nos próximos dias, a Prefeitura deve entrar com um recurso contra a decisão, na tentativa de viabilizar a concessão da área e, finalmente, atender um sonho antigo dos mogianos.
A área doada pela Prefeitura é onde atualmente funciona o Centro Esportivo do Socorro. A doação, entretanto, precisa ser oficializada junto à Justiça e este é o último entrave antes do início das obras.
A previsão da Prefeitura era de que, em setembro deste ano, o prédio já fosse inaugurado, prazo que obviamente não será cumprido, uma vez que as obras ainda nem começaram.
O Sesc em Mogi das Cruzes terá um investimento aproximado de R$ 120 milhões na construção, mais R$ 60 milhões aplicados por ano em programação cultural, esportiva, social e turística. Recursos, esses, que partem inteiramente do Sesc, não havendo emprego de verba pública no projeto.
Estudos da Prefeitura apontam que a unidade de Mogi das Cruzes atenderia até 30 mil pessoas por mês. Para efeito comparativo, hoje são recebidas no Centro Esportivo do Socorro aproximadamente mil pessoas por mês.
Com quase 3 mil membros, uma página no Facebook intitulada “Sesc Mogi das Cruzes. Nós queremos!” tenta chamar a atenção do desembargador para o caso através das publicações que evidenciam a importância da abertura de um nova unidade em Mogi das Cruzes, considerando as ações que a instituição realiza nos campos da Educação, Saúde, Cultura, Lazer e Assistência Social. A página foi criada em junho de 2013.
O Sesc é uma entidade privada, mantida por empresários do comércio de bens, turismo e serviços, que tem como objetivo proporcionar o bem-estar e qualidade de vida aos trabalhadores deste setor, seus familiares e a comunidade de uma forma geral. A entrada é gratuita.
Em regra, um Sesc possui área de convivência, biblioteca com livros, revistas e jornais, campo de futebol soçaite em grama sintética e quadra poliesportiva, restaurante e café, consultórios odontológicos, espaço de tecnologia e artes, espaço de brincar, estacionamento, ginásio coberto poliesportivo, loja Sesc, sala de exposição, sala de expressão corporal e de ginástica multifuncional, sala de múltiplo uso, oficinas culturais, paraciclo, piscinas recreativa e infantil descobertas e climatizadas, mais piscina semiolímpica e infantil coberta e aquecida, deck e solário, terraço panorâmico e vestiários, além de uma extensa programação cultural que inclui teatro, cinema, dança, e todas os demais segmentos artísticos.
No total, o Sesc possui, atualmente, 43 unidades espalhadas por 21 cidades do Estado de SP, sendo 23 na região metropolitana e 20 no interior e litoral paulista.