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Coronavírus: brasileira diz que Suíça está multando grupos com cinco ou mais pessoas



Daniela Oliveira nasceu na capital paulista, mas desde os três anos de idade morou em Mogi das Cruzes, até se casar com um suíço e se mudar, definitivamente, para Winterthur, na Suíça. Como seus familiares ainda vivem em Mogi, ela vem à cidade com frequência e lamenta o fato de muitos brasileiros não estarem dando importância à pandemia de coronavírus (COVID-19).



De acordo com Daniela, os suíços levam muito a sério a distância de pessoas e contato. “Eles estão determinadas a não deixar a doença se espalhar”, conta ela, acrescentando em seguida: “Eu estava no Brasil com meus parentes e cheguei na Suíça em 4 de março. E, logo no início de março, antes de eu chegar aqui, o governo suíço já tinha dado lista de suprimentos e alimentos que os moradores deveriam comprar e guardar. Começava por nove litros de água por pessoa, seguidos de cereais, frutas secas, enlatados, carne seca, etc. O governo suíço é muito cuidadoso e a população colabora tanto. É um verdadeiro contraste com minha terra natal. Aqui me sinto segura, mas infelizmente meu coração está com meus entes queridos no Brasil, especialmente meus pais”.



A brasileira afirma que tem inteirado sua família e amigos que vivem no Brasil sobre tudo que acontece na Suíça, para que eles possam levar como exemplo e tentar, de alguma maneira, ficar mais seguros.



Daniela conta, ainda, que, com 4.840 pessoas infectadas com coronavírus e 43 mortes registradas, a Suíça instituiu uma lei que proíbe a concentração de mais de cinco pessoas, sob pena de multa de 100 francos, o que equivale a mais de 500 reais. “Não se pode parar em nenhum lugar: praças, ruas, etc. Tudo está fechado para compras, exceto supermercados”, diz ela. “Os ônibus e trens viajam vazios ou com pouquíssimos passageiros e tem uma placa grande avisando pra não sentar perto do motorista. A Suíça está deserta. A grande maioria respeita e não sai de casa”.



De acordo com o brasileira, nos supermercados, os clientes recebem uma senha e a entrada é limitada a um pequeno número de pessoas, sendo que os próximos têm que esperar alguém sair para poder entrar. Ainda assim, todos são instruídos a manterem ao menos dois metros de distância uns dos outros. “Nos mercados, a parte de alimentos está toda liberada, mas as partes de objetos, roupas, elétrica ou qualquer item que não seja alimentos, estão isoladas com avisos e cordas. Esses objetos não podem ser comprados”. Ela enviou um vídeo ao Notícias de Mogi para dar mais detalhes sobre como os supermercados estão funcionando na Suíça:

https://noticiasdemogi.com.br/wp-content/uploads/2020/03/WhatsApp-Video-2020-03-21-at-10.22.14.mp4

“Espero que quando tudo isso terminar, estejamos mais humanos e solidários. Que esse momento terrível nós ensine lições valiosas. Que Deus conforte e console quem teve perda de entes queridos e que consigam seguir em frente um dia”, conclui Daniela.

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Por Leandro Cesaroni

Jornalista graduado pela FIAM e pós-graduado em jornalismo cultural pela FAAP

Uma resposta em “Coronavírus: brasileira diz que Suíça está multando grupos com cinco ou mais pessoas”

Não é verdade que a Suíça está levando a serio vejo praticamente todos na rua sem máscaras e restaurante cheios sem limite de distância

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