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O governador de São Paulo, João Doria, anunciou, nesta sexta-feira (11), que a partir de agora a reclassificação para progressões de fase do Plano SP, que define os níveis de quarentena em todo o Estado, passará a ser mensal – e não mais quinzenal.
Segundo o Governo de SP, com a estabilidade do avanço da pandemia em todas as regiões do estado, o Centro de Contingência do Coronavírus recomendou que o monitoramento seja estendido para um período mínimo de 28 dias.
De acordo com Doria, a próxima revisão será realizada no dia 9 de outubro, o que significa que, até lá, nenhuma região poderá avançar à fase verde, inclusive o Alto Tietê, que está desde 13 de julho na fase amarela, junto com todas as outras regiões do Estado.
“No estado de São Paulo como um todo, a pandemia regride de maneira sólida e, agora, todas as regiões estão na fase amarela”, afirmou o Governador. “Devido à regressão vigorosa dos indicadores no estado, entramos em uma nova fase de monitoramento da pandemia. Por questão de segurança, as requalificações do Plano São Paulo passam a ser mensais, ao invés de quinzenais”, declarou Doria.
A fase amarela permite o funcionamento, com restrições, do comércio de rua, shoppings centers, escritórios, bares e restaurantes, academias, salões de beleza e barbearias. Estabelecimentos de alimentação poderão funcionar até as 22h para consumo local somente em regiões que estejam há pelo menos 14 dias consecutivos fora das fases vermelha e laranja do Plano São Paulo – essa opção de atendimento continua permitida apenas em ambientes arejados ou ao ar livre, com obrigatoriedade de assentos.
Média estadual
Na média estadual, os números apontam que a pandemia vem regredindo de forma consistente. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde e do Centro de Contingência do coronavírus, São Paulo registra declínio de mortes por Covid-19 há cinco semanas consecutivas. Já as internações de pacientes com coronavírus estão em queda há oito semanas.
Na atualização desta semana, a variação de novos casos na média estadual foi 31% menor em relação à medição anterior. As novas internações caíram 10% em comparação à semana passada, e o número de óbitos foi 20% menor. A taxa estadual de internações por cem mil habitantes é de 43,7, além de média de seis mortes por coronavírus a cada cem mil habitantes.
A capacidade de atendimento hospitalar a pacientes graves com COVID-19 também é considerada confortável – a média atual de ocupação de leitos de UTI é de 52,5. Atualmente, o estado de São Paulo dispõe de 20,5 vagas hospitalares para casos graves da doença a cada cem mil habitantes.
Apesar da alteração no período de medição do Plano São Paulo, o Governo do Estado poderá decretar regressão para a fase vermelha de qualquer região, a qualquer momento, em caso de piora significativa das taxas de contaminação por coronavírus ou redução acentuada da capacidade hospitalar.
“Não haverá retorno para a fase laranja, o que aumenta a responsabilidade de Prefeitos, Secretários municipais de saúde e da própria população. Afinal, a população precisa se resguardar e se proteger, obrigatoriamente usar máscara ao sair de casa, seguir o distanciamento social de 1,5 metro, lavar as mãos e usar álcool em gel”, destacou o Governador.
Alto Tietê
O Alto Tietê, que inclui as cidades de Mogi das Cruzes, Suzano, Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos, Poá, Arujá, Santa Isabel, Biritiba Mirim, Salesópolis e Guararema, também continua a apresentar melhora nos indicadores que baseiam a progressão de fases do Plano SP.
Segundo a atualização apresentada hoje, a capacidade hospitalar da região apresenta uma taxa de ocupação de 52,3 de leitos de UTI/Covid, com a oferta de 13,2 leitos para cada 100 mil habitantes. Nos indicadores de evolução da epidemia, a região contabiliza uma variação de 0,72 em novos casos; de 0,74 em internações; e de 0,74 em óbitos. Nas internações por 100 mil habitantes, a variação é de 26,8 e, nos óbitos, a média é de 5,1. Confira abaixo os dados completos do Alto Tietê.
Indicador | 21/08 | 04/09 | 11/09 |
Taxa de Ocupação Covid/Últimos 7 dias | 52,7 | 49,7 | 52,3 |
Leitos Covid UTI/100 mil hab. | 15,8 | 15,0 | 13,2 |
Casos | 0,80 | 0,79 | 0,72 |
Internações | 0,85 | 0,98 | 0,74 |
Internações/100 mil hab. (14 dias) | 34,7 | 31,0 | 26,8 |
Óbitos | 0,88 | 0,84 | 0,74 |
Óbitos/100 mil hab. (14 dias) | 7,2 | 6,4 | 5,1 |
Pelas regras vigentes para avançar para a fase verde, a taxa de ocupação de leitos de UTI deve ser inferior a 75 e a disponibilidade de leitos superior a 5. Nos indicadores de evolução da epidemia, os casos, óbitos e internações precisam ter variação inferior a 1,0. Além disso, as internações por 100 mil habitantes precisam ser inferiores a 40 e, os óbitos, abaixo de 5,0. Na fase verde, os setores que já estão ativos podem ter a capacidade de atendimento ampliadas para 60% (atualmente é 40%).
“É natural que as regras do Plano SP sejam revistas e adequadas de acordo com a evolução da epidemia no Estado. Os indicadores do Alto Tietê evoluem de forma muito positiva e apontam as condições da região avançar para a fase verde. Agora isso não será mais possível em setembro e, embora a ansiedade seja grande, não podemos ter pressa. As flexibilizações precisam ocorrer com todos os critérios e segurança possíveis”, comentou Adriano Leite, presidente do Condemat (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê) e prefeito de Guararema.
A restrição de acesso a estabelecimentos comerciais e o veto a eventos públicos ou privados com aglomerações está em vigor em todo o Estado desde o dia 24 de março.