A Prefeitura de Mogi das Cruzes publicou, nesta sexta-feira (15), o Decreto nº 22.601/2024, que declara situação de emergência e alerta epidemiológico no município em razão da epidemia de dengue.
De acordo com dados da administração municipal, até esta quinta-feira (14), a cidade já havia contabilizado 898 casos positivos de dengue em 2024, além disso, 2.940 casos aguardam resultados de exames.
Em apenas dois meses e meio, o número de casos de dengue registrados em Mogi das Cruzes este ano já é 14 vezes maior que o contabilizado ao longo de todo o ano de 2023, quando o município somou 64 casos de dengue.
O decreto publicado pela Prefeitura nesta sexta indica medidas de contenção da proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika. Segundo a administração municipal, a medida foi tomada de acordo com critérios definidos pelo Estado, sobretudo pelo elevado número de notificações dos serviços de saúde do município, públicos e privados, para quadros clínicos de dengue informados à Vigilância Epidemiológica Municipal.
“Esse decreto é necessário porque já constatamos mais de 700 casos de dengue em Mogi das Cruzes, com uma tendência de aumento por três semanas seguidas, o que configura epidemia. Estamos ampliando e fortalecendo metas, prioridades e formas de enfrentar essa epidemia de dengue”, afirma o prefeito Caio Cunha.
Para enfretamento da situação de emergência, a Secretaria Municipal de Saúde de Mogi das Cruzes deve adotar medidas excepcionais, como a suspensão de férias e folgas dos agentes de combate a endemias e agentes comunitários de saúde, a solicitação de apoio para a promoção de ações de colaboração visando conter a proliferação do mosquito e a ampliação das visitas domiciliares, por exemplo.
No último dia 5, após alcançar 300 casos por 100 mil habitantes, o Governo de São Paulo já havia decretado situação de emergência em todo território paulista, seguindo recomendação do Centro de Operações de Emergências.
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