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Cliente descobre R$ 1,6 milhão ‘esquecido’ em banco; veja como consultar valores a receber



O Banco Central (BCB) atualizou nesta quarta-feira (30) o balanço das liberações de valores a receber, referente a dinheiro ‘esquecido’ em instituições financeiras. Segundo o órgão, o balanço sofreu mudanças porque, nesta semana, as instituições financeiras informaram novos valores esquecidos e cerca de 200 mil correntistas que não teriam valores a receber na rodada inicial terão saldos residuais.



O diretor de diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central, Maurício Moura, informou que o maior valor individual liberado até agora corresponde a R$ 1,65 milhão, resgatado por um cliente que havia esquecido o valor em cotas de consórcio.



Os saldos residuais de até R$ 10 representaram 69,8% das liberações para pessoas físicas, pequena diferença em relação aos 69,7% do levantamento divulgado há duas semanas. Os números consideram tanto os valores sacados como a serem resgatados.



O total de registros de pessoas físicas com saldos residuais de até R$ 1 subiu de 13,84 milhões para 13,96 milhões, passando de 42,8% para 42,7% do total. Os montantes entre R$ 1 e R$ 10 aumentaram de 8,7 milhões para 8,85 milhões de casos e em termos percentuais passaram de 26,9% para 27,1%. Ao somar as duas faixas, o montante de quem tem até R$ 10 a receber chega a 69,8%.



Nas faixas mais altas, os registros de valores entre R$ 10.000,01 e R$ 100 mil aumentou de 36.029 para 36.497, mas continua a corresponder a apenas 0,11% dos casos. Os casos de pessoas físicas com mais de R$ 100 mil esquecidos passou de 1.318 para 1.370, em termos percentuais, a proporção se manteve em apenas 0,004% do total.

Dos R$ 4 bilhões previstos pelo BC, foram liberados R$ 3,32 bilhões a 27,5 milhões de pessoas físicas. O restante, cerca de R$ 680 milhões, está destinado a empresas.

Novo calendário

Na segunda-feira (28), o Banco Central deu início a um novo calendário de agendamento de retiradas de valores a receber. Foi divulgada uma nova repescagem e mesmo pessoas que já retiraram o ‘dinheiro esquecido’ ou cuja consulta deu valor zero terão de repetir o procedimento, uma vez que as instituições financeiras atualizaram os dados.

Pelo novo calendário, o correntista poderá agendar o saque a qualquer hora da data informada, em vez de entrar em horários determinados pelo sistema. As novas datas de liberação são as seguintes:

Ano de nascimentoData de liberação
Até 194728/3
1948 a 195429/3
1955 a 195930/3
1960 a 196331/3
1964 a 19671/4
Repescagem até 19672/4
1698 a 19714/4
1972 a 19755/4
1976 a 19796/4
1980 a 19817/4
1982 a 19838/4
Repescagem até 1968 a 19839/4
1984 a 198511/4
1986 a 198812/4
1989 a 199213/4
1993 a 199714/4
A partir de 198815/4
Repescagem de 1984 em diante16/4

Consulta de valores a receber

O processo de consulta de dinheiro esquecido deve ser feito no site Valores a Receber, criado pelo Banco Central para a consulta e o agendamento da retirada de saldos residuais.

Após o pedido de saque, a instituição financeira terá até 12 dias úteis para fazer a transferência. A expectativa é que pagamentos realizados por meio do Pix ocorram mais rápido.

Para agendar o saque, o usuário deverá ter conta nível prata ou ouro no Portal Gov.br. Identificação segura para acessar serviços públicos digitais, a conta Gov.br está disponível a todos os cidadãos brasileiros. O login tem três níveis de segurança: bronze, para serviços menos sensíveis; prata, que permite o acesso a muitos serviços digitais; e ouro, que permite o acesso a todos os serviços digitais.

*com informações da Agência Brasil

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Por Leandro Cesaroni

Jornalista graduado pela FIAM e pós-graduado em jornalismo cultural pela FAAP