O delegado dr. Rubens José Ângelo, titular do Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) da Polícia Civil de São Paulo, concedeu uma entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (29) para fornecer detalhes sobre esclarecimento do feminicídio que vitimou Mariana Ferreira Martins, de 31 anos, encontrada morta às margens da rodovia Mogi-Salesópolis na última quarta-feira (24). Ela estava grávida de sete meses.
Primeiro, o delegado explicou como a vítima foi encontrada. “O corpo foi localizado às margens da rodovia Professor Alfredo de Rolim de Moura, que liga o município de Mogi das Cruzes à Salesópolis, sem identidade e com ferimentos pelo corpo”. De acordo com Ângelo, a partir do encontro da vítima, as equipes do SHPP trabalharam de forma ininterrupta para descobrir quem era ela e também para encontrar e prender o responsável pelo crime.
Ao longo das investigações, que incluíram o uso de inteligência, foi possível constatar que o namorado de Mariana – Danilo, comerciante, 33 anos – a buscou em sua residência no dia anterior ao feminicídio, e saíram de motocicleta. O veículo foi visto no mesmo local onde ocorreu o crime, o que indicou a possibilidade de o rapaz ser responsável pela morte da companheira.
Somado a isso, no local do crime foi encontrado um capacete, reafirmando a presença do namorado. Além disso, foi apurado que o rapaz era o pai do bebê que a vítima esperava e não queria a criança.
Com isso, a prisão temporária do suspeito foi solicitada e decretada. Após diligências, ele foi preso na casa de familiares, na cidade de Caraguatatuba, na última sexta-feira (26). Na ocasião, ele confessou o crime e também disse já ter ficado preso no Japão, durante cinco anos, por outro homicídio, cometido no ano de 2002.
No local, foi apreendido o segundo capacete utilizado para matar Mariana. “O capacete está totalmente danificado, com arranhado e a viseira quebrada. Além disso, em suas laterais há respingos de sangue”, complementou o delegado.
A causa da morte da vítima foi traumatismo cranioencefálico. De acordo com o delegado, provavelmente bateram na cabeça dela com um instrumento contundente.
Rodrigo foi levado à cadeia de Mogi das Cruzes, onde permanece à disposição da Justiça por homicídio qualificado com agravante de feminicídio, aborto sem consentimento da gestante e ocultação de cadáver.