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MOGI DAS CRUZES

Apesar de seguir na fase amarela, Mogi das Cruzes é colocada em estado de alerta



Conforme divulgado nesta sexta-feira (15) pelo governo estadual, por integrar a região da Grande SP, Mogi das Cruzes conseguiu se manter na fase amarela do Plano São Paulo, programa de retomada que define os diferentes níveis de quarentena nos municípios paulistas. Entretanto, a cidade foi colocada em estado de alerta devido à alta taxa de ocupação de UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) destinadas a pacientes com coronavírus.



De acordo com dados atualizados hoje no portal da Prefeitura de Mogi, a atual ocupação de UTIs na cidade é de 74,2%, considerando as redes pública e particular. Isto porque dos 97 leitos existentes, 72 estão ocupados e 25 disponíveis. Com relação aos leitos de enfermaria, onde são tratados pacientes com sintomas leves de Covid-19, a ocupação é de 55,1%, segundo a administração municipal.

A recomendação do Governo de SP é que a Prefeitura determine a restrição total de atividades não essenciais para aliviar a pressão sobre hospitais públicos e particulares.



Nas redes sociais, no entanto, o prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha, tem defendido a ampliação do horário de funcionamento dos estabelecimentos. “Somos contra a diminuição do tempo de abertura do comércio, acreditamos que seja prudente um horário maior de funcionamento dos estabelecimentos, evitando assim aglomerações”, disse ele, acrescentando em seguida: “Estamos nos alinhando com o Estado para que Mogi tenha independência nas decisões durante as fases amarela e laranja”.



Além de Mogi, outras 42 cidades foram colocadas em estado de alerta: Américo Brasiliense, Amparo, Apiaí, Areias, Artur Nogueira, Avaré, Bauru, Birigui, Caçapava, Carapicuíba, Cruzeiro, Embu das Artes, Fernandópolis, Ferraz de Vasconcelos, Franca, Franco da Rocha, Ilha Solteira, Itapecerica da Serra, Itapetininga, Itaquaquecetuba, Itatiba, Jacareí, Mairiporã, Marília, Matão, Novo Horizonte, Ourinhos, Paulínia, Pederneiras, Porto Feliz, Presidente Prudente, Promissão, Santa Cruz do Rio Pardo, São Manuel, Serrana, Socorro, Sorocaba, Tatuí, Taubaté, Tupã, Valinhos e Votuporanga.

Mais leitos

Com o objetivo de retirar Mogi das Cruzes, Itaquaquecetuba e Ferraz de Vasconcelos da classificação de alerta, o Condemat (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê) reforçou a necessidade imediata de mais leitos na região e fez um apelo ao governador João Doria pela ampliação de vagas nos hospitais públicos.

Recentemente, o Estado anunciou 29 leitos de UTI para a região, nas cidades de Ferraz de Vasconcelos, Guarulhos e Mogi das Cruzes – nestas duas últimas já estão ativos e Ferraz aguarda implantação.

“O funcionamento desses leitos é essencial para atender melhor as necessidades das cidades que estão em estado de alerta e da região como um todo. Mas ainda precisamos de mais porque estamos numa curva ascendente de casos e precisamos garantir leitos para os moradores do Alto Tietê. Já enviamos vários ofícios ao Estado pedindo leitos e aguardamos uma agenda com a Secretaria da Saúde para discutir isso. Os municípios estão dispostos a ajudar e temos espaço para ampliação de leitos no Dr. Arnaldo e no HC”, disse o presidente do Condemat e prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, ao fazer referência as unidades hospitalares instaladas em Mogi das Cruzes e Suzano.

“A situação é bastante preocupante na região e é urgente a necessidade de mais leitos na região. Diferentemente de quando tivemos o primeiro pico da pandemia, em meados do ano passado, não há leitos disponíveis em outras regiões do Estado que possam absorver a nossa demanda. Por isso é tão importante a ampliação de leitos dentro do Alto Tietê”, complementou a coordenadora da Câmara Técnica de Saúde do Condemat, Adriana Martins.

Coronavírus em Mogi das Cruzes

Ainda segundo os dados disponibilizados pela Prefeitura de Mogi das Cruzes, desde o início da pandemia, 13.760 pessoas testaram positivo para a Covid-19 no município, sendo que 586 morreram, 10.805 se recuperaram e 2.369 são casos ativos da doença;

As estatísticas indicam que, na última semana (4 a 10 de janeiro) foram contabilizados 570 novos casos da doença no município, média que não era registrada desde o fim de agosto. Confira no gráfico abaixo.

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes

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