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A região do Alto Tietê tem chances de avançar, nesta sexta-feira (10), para a fase 3 (amarela) do Plano São Paulo, ganhando permissão para adotar novas flexibilizações na quarentena. Isto porque os novos casos confirmados e mortes por coronavírus diminuíram nos últimos dias, assim como a ocupação de leitos, indicadores observados pelo governo estadual para definir quais regiões mudarão de classificação no plano de retomada das atividades econômicas.
Outro fator que colaborou para aliviar a ocupação de leitos na região foi a abertura, nesta quinta (9), do HC de Suzano (Hospital das Clínicas). Apesar de prever, inicialmente, a disponibilização de 90 leitos, sendo 80 de enfermaria e 10 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), o hospital foi aberto com 20 novos leitos de enfermaria. O restante deve ser liberado gradativamente e de acordo com a necessidade.
Conforme divulgado pelo governador João Doria, uma nova atualização das classificações do Plano SP será anunciada na coletiva de imprensa que será realizada por volta das 12h30 desta sexta (10). As novas mudanças, no entanto, entrarão em vigor no dia 13.
Caso evolua para a fase amarela, o Alto Tietê, que inclui as cidades de Mogi das Cruzes, Suzano, Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos, Poá, Arujá, Santa Isabel, Biritiba Mirim, Salesópolis e Guararema, poderá iniciar a retomada no funcionamento de restaurantes, salões de beleza e academias, além de iniciar a contagem regressiva para reabertura de espaços e eventos culturais com público sentado. Também poderão ser retiradas as restrições impostas à abertura de escritórios e concessionárias.
Protocolos de reabertura da fase amarela
Restaurantes – O atendimento presencial com consumo local em restaurantes, bares e similares se limitará a ambientes ao ar livre ou arejados, com obrigatoriedade de assentos. Além disso, é necessário que a ocupação máxima seja de 40% da capacidade dos assentos e que o funcionamento ocorra por no máximo 6 horas, até as 17h. Além disso, clientes e funcionários devem usar máscara em todos os ambientes.
Academias – Serão reabertas com ocupação máxima de 30% da capacidade, funcionamento máximo por 6 horas diárias, uso obrigatório de máscaras e entrada de clientes apenas com agendamento prévio. Serão permitidas apenas aulas e práticas individuais e os equipamentos devem ser limpos ao menos três vezes ao dia. O uso de chuveiros nos vestiários deve ser suspenso, mantendo apenas os banheiros abertos.
Salões de beleza – Poderão funcionar com ocupação máxima de 40% da capacidade, funcionamento máximo por 6 horas diárias, uso de máscaras e adoção de protocolos geral e específicos para o setor.
Eventos culturais – O início de atividades culturais, eventos e convenções com público sentado será autorizado após 28 dias consecutivos da região na fase amarela. Para estes setores, será necessário ter ocupação máxima de 40% da capacidade do local, funcionamento máximo de 6 horas por dia, público sentado e assentos com distanciamento mínimo de 1,5 metro e uso obrigatório de máscara. A venda de ingressos deve ser exclusivamente online, para assentos marcados e horários pré-agendados e será necessário controlar o acesso e o número de pessoas, observando a lotação máxima. O consumo de alimentos e bebidas deverá ser suspenso, garantindo que todos mantenham o uso das máscaras.
*Grandes eventos e demais atividades culturais que geram aglomeração serão autorizados após 28 dias consecutivos do estado de São Paulo na fase verde. As medidas incluem ocupação máxima de 60% da ocupação, uso de máscara e marcações para delimitar a distância entre as pessoas (que poderão ficar em pé). As vendas de ingresso devem ser exclusivamente online, com horários pré-agendados e será necessário haver controle do acesso e o número de pessoas, observando a lotação máxima.
Quarentena
A restrição de acesso a estabelecimentos comerciais e o veto a eventos públicos ou privados com aglomerações está em vigor em todo o Estado desde o dia 24 de março. Por seis vezes, o Governo de São Paulo determinou a prorrogação da quarentena com o objetivo de reduzir a velocidade de contágio do coronavírus e garantir que o sistema de saúde mantenha a capacidade de atendimento nas redes pública e privada. O último prazo determinado pelo governo estadual vai até 14 de julho.
Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil