A ACMC (Associação Comercial de Mogi das Cruzes) completa 100 anos de fundação nesta quinta-feira (29), com uma rica história de participação no desenvolvimento da cidade e no cenário paulista. A entidade é uma das mais antigas do Estado de São Paulo e figura entre as maiores em serviços e produtos, numa rede formada por mais de 400 associações.
“A Associação Comercial de Mogi das Cruzes é uma das poucas entidades de classe com 100 anos de atuação no Brasil. Tem grande importância histórica e contribuiu muito para a cidade ser o que é hoje. As restrições impostas pela pandemia alteraram os planos de comemoração, mas não poderíamos deixar esse centenário passar em branco e em dezembro, que é o principal mês para o varejo, estaremos entregando um presente aos mogianos”, ressaltou Marco Zatsuga, presidente da ACMC.
O principal presente deste centenário está marcado para ser entregue na primeira semana de dezembro: um monumento que representa evolução, crescimento e prosperidade. A obra de arte de autoria do escultor mogiano Rodrigo Bittencourt, confeccionada em aço inox e com cinco metros de altura, será colocada na revitalizada Praça Oswaldo Cruz, no coração da área comercial da cidade.
“Com o monumento, na área central, eternizamos a história da ACMC, construída pelas mãos dos milhares de empresários que mantém negócios na cidade e, através da geração de empregos e renda, contribuem para o desenvolvimento de Mogi das Cruzes”, completou a vice-presidente da entidade, Fádua Sleiman.
O presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alfredo Cotait falou da tradição histórica da ACMC na cidade, inclusive pelo fato de terem saído da entidade prefeitos e secretários municipais que contribuíram para o desenvolvimento local. “Nós, da Facesp, temos muito orgulho da Associação Comercial de Mogi das Cruzes fazer parte da nossa rede”, destacou Cotait.
Fundada em 29 de outubro de 1920, por um grupo de pouco mais de 100 comerciantes e numa época em que a cidade tinha aproximadamente 150 estabelecimentos, a ACMC é a quinta associação comercial mais antiga do Estado de São Paulo, juntamente com São José do Rio Preto e Campinas, que neste ano também se tornam centenárias – antes delas estão Santos (143 anos), São Paulo (119 anos), Ribeirão Preto (116 anos) e Lorena (103 anos).
À frente da atual gestão da ACMC desde 2018, o empresário Marco Zatsuga destaca o orgulho e os desafios de comandar uma entidade centenária. “É uma satisfação e uma grande responsabilidade ser presidente da Associação Comercial no ano em que ela completa seu centenário. Alcançamos essa data histórica com a contribuição dos presidentes que me antecederam; cada um colocou seu tijolinho nesses 100 anos. E não posso deixar de agradecer aos associados que acreditam na entidade. A confiança e união têm sido fundamentais para vencer todas as dificuldades que esse período de pandemia apresenta”, diz Zatsuga.
Sócio-proprietário da Organização São Francisco de Assis, que presta serviços na área de contabilidade, o atual presidente integra a diretoria da ACMC desde 2000, mas sua família tem uma história de mais de 40 anos de participação na entidade – inclusive a sala de reunião da ACMC leva o nome do seu pai, Kyoji Zatsuga. “A Associação Comercial tem uma tradição na cidade e um papel de destaque no desenvolvimento empresarial, desde a luta para prorrogação de impostos e negociação no horário de funcionamento dos Correios que marcaram os primeiros anos de atuação da entidade até a participação, como porta-voz dos comerciantes junto ao poder público, nas recentes obras de revitalização da área central da cidade”, ressalta o presidente.
O dirigente destaca, ainda, o papel da entidade nos principais assuntos de interesse da população e lembra a participação da ACMC na Revolução de 32, quando serviu de posto de coleta de fundos para financiar a luta dos paulista e organizou a assistência às famílias dos combatentes, com a distribuição de alimentos e remédios doados pelos mogianos. “Nos anos 2000, a ACMC também fez uma ampla campanha para que a AACD (Associação de Assistência à Criança com Deficiência) pudesse se instalar na cidade”, conta Zatsuga. “A missão da ACMC é apoiar e fomentar a atividade empresarial, mas sua atuação ao longo desses 100 avançou para vários outros assuntos de interesse da população, reforçando as ações para que Mogi das Cruzes seja uma cidade desenvolvida e com qualidade de vida”, conclui o presidente.
Marco Zatsuga é o 32º presidente nesses 100 anos da ACMC. O primeiro a comandar a entidade, em 1920, foi Emílio Navajas. Depois dele vieram Frederico Straube; José Salvastano; Louis Borg; Adelino Borges Vieira; Joaquim de Sá; José Cury Andere; Francisco Affonso de Melo; Elias Cecin; Francisco Urbano; José Silveira; Gumercindo Quina de Oliveira; Anésio Urbano; José Meloni; Renato Vaz Romero; Richer Romano Netto; Diogo Dominguez Y. Dominguez; Virgílio Padovani; Thales Urbano; Henrique Borenstein; Antonio Pinto Guedes; Nilo Marcato; Kazuo Kimura; Airton Nogueira; Alcides Waizer; Pedro Fernando Puttinato; Marco Aurélio Bertaiolli (único a presidir três vezes a entidade); José da Silva; Osvaldo Bolanho; Marcus Melo; e Tânia Fukusen (dois mandatos).
Desde a década de 80, a ACMC está instalada em sede própria na Rua Barão de Jaceguai, nº 674, no centro da cidade.