O governo federal anunciou que fará um “pente-fino” em benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O objetivo é bloquear recursos pagos indevidamente para conter R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias e, assim, cumprir o Marco Fiscal, aprovado no ano passado.
De acordo com o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, serão cortados benefícios previdenciários temporários, como o auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença), salário-maternidade e auxílio-reclusão. Os cortes devem acontecer a partir de agosto.
O ministro afirmou que a revisão desses benefícios deve ser feita a cada dois anos, entretanto, ela não era realizada desde 2019. Segundo ele, aproximadamente 800 mil pessoas poderão ter que fazer uma nova perícia para confirmar a necessidade de recebimento dos recursos.
Comandado pelo ministro da Economia, Fernando Haddad, o corte de gastos vem como uma resposta ao aumento do dólar registrado nas últimas semanas.
“Nós não vamos chamar as pessoas com deficiência para fazer perícia, aquela correria. São as pessoas mais vulneráveis. A gente vai tentar acertar o alvo sem impor um desgaste às pessoas”, explicou o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.
Atualmente, cerca de 1,36 milhão de pessoas recebem benefícios temporários do INSS.
