A segunda edição da Parada LGBT de Mogi das Cruzes, realizada no último domingo (28), foi considerada um sucesso pelos organizadores, que estimaram um público de 5 mil pessoas.
Embalado por dois trios elétricos, o público cantou, dançou e se manifestou na Avenida Cívica, a partir das 10h. Marcaram presença homens, mulheres e crianças, alguns fantasiados e outros portando cartazes com dizeres de apoio à causa LGBT.
Também estiveram presentes a secretária municipal de assistência social, Neusa Marinalva; os vereadores Iduigues e Rodrigo Romão; o coordenador de políticas para a diversidade sexual, Marcelo Gallego; e a deputada estadual Isa Penna.
A edição deste ano teve como tema “Stonewall, 50 anos de resistência”, uma homenagem à série de manifestações de membros da comunidade LGBT contra uma invasão da polícia de Nova York que aconteceu em junho de 1969, em Nova York, nos Estados Unidos – esses motins são considerados o evento mais importante que levou ao movimento moderno de libertação gay e à luta pelos direitos LGBT no país. O evento contou com apoio financeiro do programa +Orgulho, da Secretaria de Diversidade do Estado de São Paulo.
A apresentação ficou por conta das drags Tchaka Rainha das Festas (Valder Bastos) e Antonieta Salt , além da mulher trans Alexandra Braga e de Alessandra Shimomoto, que foi eleita a Rainha LGBT. A drag Leona Moskovita foi a madrinha da Parada.
Fotos: Everaldo Martines
Na opinião de Alessandra Shimomoto, que, além de apresentar, participou ativamente da organização da Parada LGBT de Mogi das Cruzes, o fortalecimento do evento só foi possível graças à união e inclusão presentes na comunidade. “Foi um trabalho de formiguinha e correria, pois fomos contemplados para o Programa +Orgulho faltando apenas um mês e meio para o evento. Mas, no final, deu tudo certo!”, disse ela.
A mulher trans Alexandra também atribui o crescimento ao movimento organizado pelo Fórum Mogiano LGBT. “Mesmo sem apoio do governo municipal, buscamos recursos, apoio e editais para a diversidade”, disse ela, completando que todos os recursos financeiros conquistados vieram do governo estadual.
De acordo com Alexandra, a Prefeitura de Mogi se limitou em disponibilizar uma tenda e banheiros químicos. “A Parada entrou para o calendário público de eventos de Mogi. Desta forma, o espaço já nos é garantido todos os anos”, explica ela. “Lembrando que a parada não é um evento, mas um ato político, de cobrança ao direito de diversidade. Neste contexto, apenas comunicamos os poderes que o ato irá acontecer, tudo por ofício”.
Alexandra contou que os preparativos para a 3ª Parada LGBT de Mogi das Cruzes começarão já no início do próximo ano e, devido ao sucesso desta edição, os organizadores esperam um público ainda maior. “Na 3ª Parada vamos buscar ocupar as ruas e não mais ficar escondidos na Avenida Cívica”, ainda disse ela.
“Queremos mais ano que vem. Lutaremos para ter o terceiro trio e atingir 10 mil pessoas! Nos aguardem!”, completou Alessandra Shimomoto.
Fotos: Alessandra Shimomoto