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2020 foi um ano de transformações para todo mundo, inclusive para a Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), que está apresentando um novo método para um novo formato de ensinar e aprender.
De acordo com a instituição, o mercado atual apresenta desafios que vão além da detenção do conhecimento técnico por parte dos profissionais e, em um futuro próximo, pelo menos dez profissões deixarão de existir. O grande desafio é acompanhar a evolução e transformação do mercado profissional com o ambiente de evolução educacional.
O novo modelo acadêmico da UMC se propõe a desenvolver habilidades e aptidões, de forma a preparar os estudantes para exercerem as profissões do futuro de forma ‘multiprofissional’. “Além de formar cidadãos críticos e reflexivos, a educação atual deve inserir os alunos na nova realidade de mercado, que é ensiná-los a resolver os problemas que lhe serão apresentados, dotá-los de inteligência emocional para conviver com as mais diferentes situações e promover um ambiente de gestão inclusivo e formador, é que chamamos hoje de soft skills”, explica o idealizador do modelo na UMC, Prof. Dr. Cláudio José Alves de Brito, Pró-Reitor Acadêmico e Diretor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão.
A UMC afirma que irá priorizar a formação crítica e completa do estudante, colocando-o como agente de transformação de si mesmo e da sociedade; além disso, os conteúdos passarão a utilizar o desenvolvimento de atividades que possibilitem a resolução de problemas associados à formação do futuro profissional, adotando metodologias ativas adaptadas à nossa realidade. “Estamos decretando o fim das disciplinas isoladas; um modelo antigo e que não é mais adequado para formação de profissionais do futuro e nem motiva o aluno atual”, destaca o professor Cláudio.
Segundo a UMC, com o novo modelo de ensino haverá integração entre alunos de diferentes cursos; o desenvolvimento de uma visão crítica, considerando os meios cultural e social em que o aluno está inserido; e a adoção de conteúdos que abrangem diversas áreas do conhecimento atual do pensamento ético, lógico e filosófico, à diversidade e tolerância.
“Nosso modelo foi criado observando o que já existe há décadas em inúmeras instituições do mundo, como Harvard, MIT e Stanford, sem falar nas europeias. Porém esses modelos exigem muita ‘tropicalização’. Nosso aluno é diferente e vive numa realidade totalmente diferente, muitos chegam de trem após um pesado dia de trabalho. O ensino básico no Brasil é outro, a capacidade de investimento é outra, a formação clássica de nossos professores é outra. Isso não quer dizer que não possamos utilizar a essência do que já deu certo mundo a fora e adaptarmos para cá”, afirmou o professor Cláudio, concluindo em seguida: “Essa juventude precisa de uma formação completa, não de um diploma. Estamos escutando seus anseios por um nível superior completo, transformador da sociedade e, principalmente, de si mesmo”.