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Guardas municipais de Mogi das Cruzes estiveram, na manhã desta segunda-feira (20), na Prefeitura Municipal com o objetivo de levar ao prefeito Marcus Melo reivindicações por melhores condições de trabalho. A iniciativa ocorreu após dois guardas terem sido agredidos ao tentar dispersar uma aglomeração de jovens no Centro Cívico na última sexta-feira (17); um deles foi internado com diversos traumas na face.
Os agentes pedem, sobretudo, que a administração municipal faça a imediata manutenção das viaturas utilizadas no patrulhamento, modernize o sistema de comunicação existente nelas e disponibilize armamento adequado para a realização de certas abordagens.
Ao Notícias de Mogi, o secretário municipal segurança, Coronel Paulo Roberto Madureira Sales, afirmou que o projeto para modernizar a comunicação nas viaturas já está em andamento, no entanto, depende de uma verba destinada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Segundo ele, o dinheiro estava previsto para ser liberado entre fevereiro de março de 2020, mas com a pandemia do novo coronavírus, o governo federal deu prioridade à área da saúde e a nova previsão é de que a verba seja liberada em agosto.
Com relação à falta de armamento, Sales atribuiu o problema ao processo burocrático que envolve a capacitação dos guardas. Ele disse que, após as autorizações emitidas pelo Ministério do Exército e pela Polícia Federal, os guardas municipais aprovados nos exames obrigatórios exigidos pela legislação estão passando por treinamento.
Por fim, o secretário de segurança negou que haja problemas relacionados à manutenção das viaturas utilizadas pelos agentes.
Entenda o caso
Na noite da última sexta-feira (17), dois guardas civis municipais foram espancados por cerca de 10 jovens ao tentar dispersar uma aglomeração no Centro Cívico, em Mogi das Cruzes.
De acordo com um guarda ouvido pela reportagem, a Guarda Civil Municipal (GCM) foi acionada para participar, junto com a Polícia Militar (PM/SP), de uma operação que tinha como objetivo encerrar um pancadão (baile funk a céu aberto) que estaria ocorrendo no local.
Enquanto as viaturas ainda estavam chegando, uma delas (da GCM) foi interceptada pelos jovens. Os guardas contaram que, primeiro, eles quebraram o vidro traseiro com pedradas. Depois, tiraram os dois guardas do veículo – uma mulher de 42 anos e um homem de 56 anos – e passaram a espancá-los com socos, chutes e mais pedradas.
Segundo as informações, o guarda masculino caiu no chão desacordado e, ainda assim, levou chutes na cabeça e tórax, enquanto alguns dos jovens riam. Ele sofreu diversos traumas na face, foi socorrido e segue internado, sem risco de vida. Já a guarda feminina ficou com escoriações pelo corpo.
A ocorrência terminou com um suspeito detido. Um boletim de ocorrência foi aberto para investigar os demais envolvidos.