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Prefeitos do Alto Tietê cobrarão ajuda do Estado para manter quarentena



Após a prorrogação da quarentena contra a propagação do novo coronavírus, anunciada pelo Governo de São Paulo na tarde desta sexta-feira (8), prefeitos do Condemat (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê) decidiram cobrar ajuda do governador João Doria para manter a efetividade nos municípios durante o cumprimento do novo prazo, que vai até o dia 31 de maio.



Segundo o consórcio, os prefeitos da região reforçarão o pedido de apoio na ampliação da rede de saúde para o atendimento dos pacientes de Covid-19. Além disso, solicitarão a representatividade do Alto Tietê no Conselho Municipalista, criado para atuar no plano de retomada das atividades.



O anúncio de prorrogação da quarentena contrariou qualquer expectativa de flexibilização, ainda que apenas nos municípios mais distantes da capital, epicentro da pandemia. Diante da pressão dos setores empresariais e da dificuldade em manter parte da população em casa, os prefeitos querem ajuda no trabalho de conscientização e, especialmente, de fiscalização do cumprimento do isolamento social, com apoio das Polícias Militar, Civil, Rodoviária e Ambiental.



“As Prefeituras estão empenhadas em promover o isolamento social e diminuir a curva de contaminação do coronavírus, mas falta estrutura para fiscalizar tudo. Temos represas, que estão sendo muito procuradas pelas pessoas, assim como chácaras de veraneio, além das áreas urbanas e dos equipamentos públicos. Precisamos de um respaldo maior do Estado para ajudar na fiscalização”, afirmou o prefeito de Guararema e presidente do Condemat, Adriano Leite.



A direção do consórcio também diz pressionar o Estado por maior assistência à rede de saúde. Até agora o plano assistencial, com a grade de hospitais públicos de referência e os respectivos números de leitos de internação e UTI por cidade, em especial nas unidades estaduais, não foi divulgado, assim como não foram destinados respiradores e outros equipamentos para a região.

“Os municípios estão investindo na sua capacidade, mas não temos acesso ao que está sendo feito pelo Estado e nem temos recebido o que é necessário para melhorar a rede de atendimento aos pacientes. Estamos acionando a Secretaria Estadual de Saúde para que o Alto Tietê tenha uma atenção maior. Nós temos a segunda maior taxa de letalidade por casos confirmados de coronavírus na Região Metropolitana de São Paulo, à frente inclusive da capital, mas não sabemos quantos leitos já foram ampliados e muito menos informações sobre a ocupação”, afirma a coordenadora da Câmara Técnica de Saúde do Condemat, Adriana Martins.

De acordo com o consórcio, uma agenda com o secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, já foi solicitada para os próximos dias. Além de reiterar os pedidos de apoio na fiscalização a quarentena e de ampliação da rede de saúde, os prefeitos também vão pedir a participação do Alto Tietê no Conselho Municipalista, anunciado hoje pelo Estado para pactuar as futuras decisões de flexibilização da quarentena e retomada total da economia em São Paulo.

A princípio, participam desse conselho os 16 prefeitos de cidades sede de regiões administrativas do Estado. No caso da Região Metropolitana, onde está o Alto Tietê, o indicado é o prefeito Bruno Covas, da Capital.

“Nossa região tem três milhões de pessoas e possui uma realidade diferente de São Paulo, assim como outras demandas. Vamos insistir que o Alto Tietê integre esse Conselho”, diz o presidente do Condemat.

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