Depois de ter sido inclusa pelo Ministério da Saúde na lista de cidades com surto de sarampo no ano passado, Mogi das Cruzes já confirmou, em 2020, três novos casos da doença, segundo informações da Prefeitura. Além disso, outras 17 notificações aguardam resultados de exames.
Ao longo de 2019, foram aplicadas 39.243 doses contra o sarampo na cidade. Mesmo assim, foram confirmados pelo menos 160 casos pela Secretaria Municipal de Saúde, que disse, ainda, que alguns resultados de exames ainda não retornaram.
Com o intuito de não repetir as estatísticas do ano passado, Mogi das Cruzes iniciou, esta semana, a primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo. A faixa etária da vacinação são crianças e jovens de 5 a 19 anos que não tenham comprovante ou que estejam com a caderneta de vacinação incompleta. A dose aplicada é a tríplice viral, que protege contra caxumba, sarampo e rubéola.
A campanha de vacinação vai até o dia 13 de março em todas as Unidades Básicas de Saúde e Unidades do Programa Saúde da Família. Segundo a Prefeitura, há doses suficientes para atender toda demanda que vem surgindo até o momento.
O objetivo da ação nacional é verificar as cadernetas de vacinação de crianças e jovens público-alvo da campanha. Como a vacina só será aplicada nos casos de atraso na cobertura, a administração municipal reforça que é imprescindível a apresentação da caderneta, documento obrigatório para que todas as informações possam ser atualizadas.
O Dia D será realizado no próximo sábado (15), das 8 às 15 horas, em todas unidades do Programa Saúde da Família e também nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Alto Ipiranga, Jardim Universo, Jundiapeba, Jardim Camila, Ponte Grande e Vila Suíssa.
A Secretaria Municipal de Saúde afirma que, em caso de dúvida, o cidadão deve procurar uma unidade de saúde ou entrar em contato com a Vigilância Epidemiológica pelo telefone (11) 4798-6768.
Sobre o sarampo
O sarampo é uma doença infecciosa, transmissível e extremamente contagiosa, podendo se tornar grave especialmente em crianças e adultos jovens. A transmissão ocorre de pessoa para pessoa, por meio de secreções respiratórias, e os principais sintomas são febre alta (acima de 38,5º) e manchas vermelhas pelo corpo (com início na face e atrás das orelhas), acompanhadas de tosse, coriza ou conjuntivite.
A forma mais eficaz de prevenir o sarampo é a vacina, mas a dose é contraindicada para gestantes e imunodeprimidos, como pessoas submetidas a tratamento de leucemia e pacientes oncológicos.
Para ser considerado protegido, todo indivíduo deve tomar duas doses na vacina, com intervalo mínimo de um mês, aplicadas a partir dos 12 meses de idade. Em situação de risco para o sarampo, a primeira deve ser ministrada a partir dos 6 meses de idade.