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A Suzano, empresa fabricante de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, registrou, no ano passado, 26 espécies da fauna e da flora que estão ameaçadas de extinção, em seus mais de 133 mil hectares de área destinada à conservação da biodiversidade somente no Estado de São Paulo.
Entre as os animais flagrados estão as aves bicudinho-do-brejo-paulista (Formicivora paludicola), o corocoxó (Carpornis cucullata) e o pica-pau dourado (Piculus aurulentus), além dos mamíferos bugio-ruivo (Alouatta guariba clamitans), o sagui-da-serra escura (Callithrix aurita), o gato-do-mato-pequeno (Leopardus guttulus); a jaguatirica (Leopardus pardalis); e o tamanduá-Bandeira (Myrmecophaga tridactyla).
O corocoxó e o pica-pau dourado foram registrados nas dependências do Parque das Neblinas, que fica localizado na divisa entre as cidades de Mogi das Cruzes e Bertioga.
As espécies foram identificadas pela empresa por meio do Plano de Monitoramento da Biodiversidade, que tem como objetivo gerenciar os monitoramentos de biodiversidade (fauna e flora) realizados principalmente nas Áreas de Alto Valor de Conservação (AAVCs) da Suzano. Ao todo, foram registradas 308 espécies da fauna silvestre, sendo 250 aves, 26 mamíferos, 27 anfíbios e cinco espécies de répteis.
“Esses resultados compreendem uma riqueza relevante no contexto regional. As aves identificadas correspondem a mais de 31% das espécies registradas no Estado de São Paulo”, afirma Maria Rangel, consultora de Soluções Baseadas na Natureza (SbN).
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“A presença de espécies ameaçadas de extinção em nossas áreas vem ao encontro do propósito da empresa, que é o de renovar a vida a partir da árvore, e ao nosso compromisso de contribuir para a conservação da biodiversidade nas regiões onde a empresa mantém operações. O Plano de Monitoramento da Biodiversidade é um instrumento muito importante para garantirmos que o manejo florestal seja feito de forma responsável, promovendo a manutenção, melhoria da biodiversidade, protegendo ecossistemas e espécies”, completa Beatriz Barcellos Lyra, coordenadora de Soluções Baseadas na Natureza (SbN) da Suzano.
Dentre as várias estratégias de sustentabilidade, a técnica de plantio adotada pela Suzano, que intercala as áreas de plantio de eucalipto com áreas naturais protegidas, propicia um ambiente adequado para a conservação dos ecossistemas e a reprodução da fauna e da flora. “Na Suzano entendemos que só é bom para nós se for bom para o mundo, por isso as práticas de manejo sustentável e de conservação ambiental, contribuem para que as áreas se tornem morada segura para centenas de espécies de animais silvestres e vegetação nativa, muitas delas ameaçadas de extinção”, afirma.
A Casa da Floresta, uma das empresas parceiras da Suzano no monitoramento da fauna e da flora em suas áreas florestais há mais de 23 anos, desempenha um papel fundamental nesse processo. Nos últimos dois anos, a empresa fez o registro de grandes mamíferos dispersores de sementes, como a anta, além de predadores de topo de cadeia como a onça parda e a jaguatirica. O coordenador de projetos da Casa da Floresta, Daniel Henrique Homem, ressalta a importância do trabalho de monitoramento da biodiversidade. “Os monitoramentos contribuem para adoção de outras medidas de conservação, como a restauração de algumas áreas, ligando fragmentos e populações que não estão mais conectadas na paisagem, como já ocorre na Suzano, além de propor espécies alvo para a recomposição das áreas, otimizando o processo de restauração ecológica”, destaca.
A Casa da Floresta realiza os monitoramentos de biodiversidade que inclui mamíferos, aves, anfíbios, répteis e vegetação nativa com métodos específicos para cada grupo. As equipes utilizam equipamentos de proteção individual, câmeras, binóculos, instrumentos de medição e ferramentas para preparar a área e instalar armadilhas fotográficas.
Para os mamíferos, o monitoramento inclui armadilhas fotográficas em pontos estratégicos, que capturam imagens quando acionadas por sensores, e transecções de pegadas, com caminhadas para o avistamento e registro de espécies ou de seus vestígios. O monitoramento de aves é realizado por pesquisadores pela manhã, que escutam e observam as espécies em pontos estratégicos e percorrem trajetos específicos para identificá-las. Para répteis e anfíbios, a busca é realizada ao longo de um percurso para determinar o número de exemplares de cada espécie detectada, seja visualmente ou por vocalizações.
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Para a flora, são instaladas parcelas permanentes em áreas de vegetação nativa, onde árvores são medidas e identificadas.