O Hospital e Maternidade de Suzano iniciou, nesta semana, a implantação de um novo modelo de atendimento voltado a pacientes com sintomas leves: o Fast Track ou via rápida.
De acordo com a administração, o sistema foi desenvolvido com foco na agilidade, na humanização e na otimização do pronto-socorro, permitindo que usuários com quadros de menor complexidade sejam atendidos com mais rapidez e encaminhados para alta em até duas horas.
A proposta, implementada pelo Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), responsável pela gestão da unidade, segue o Protocolo de Manchester, reconhecido nacional e internacionalmente como referência em triagem de risco. Por meio dele, pacientes com classificação azul ou verde – indicativos de menor urgência – são direcionados a um fluxo diferenciado, que evita sobrecarga no atendimento emergencial.
O novo modelo é destinado a pessoas entre 18 e 59 anos, com sinais vitais estáveis. Casos como dor de garganta sem febre, dores leves no corpo, infecção urinária simples, diarreia leve, conjuntivite e cefaleia sem sinais de alerta entram nesse perfil. A triagem inicial é feita logo na recepção, com a identificação do paciente e a verificação dos parâmetros vitais como pressão arterial e temperatura. Quem apresentar resultados dentro do intervalo estipulado, a exemplo uma temperatura entre 36,5°C e 37,5°C, segue para a via rápida.
Já pacientes com comorbidades, idosos, gestantes e crianças, por outro lado, continuam recebendo atenção no fluxo tradicional, com avaliação completa e, se necessário, uso de exames ou internação.
“O fluxo específico para casos de baixa complexidade melhora a organização do pronto atendimento. Com o Fast Track, oferecemos um cuidado mais ágil e eficiente para casos leves, sem perder qualidade ou segurança, tornando o atendimento mais humanizado”, afirmou a gerente médica do hospital, Margarete Lima.
“Esse modelo é inteligente e eficaz, porque desafoga o pronto-socorro e melhora o atendimento de quem realmente precisa de cuidados urgentes, sem deixar de cuidar com atenção dos casos mais simples. É um equilíbrio necessário entre agilidade e segurança”, disse o secretário municipal de Saúde, Diego Ferreira.